A crise de alimentos, em consequência dos maus resultados na campanha agrícola 2009/10, provocados pela seca e inundações, está a afectar 13.850 pessoas no distrito de Chemba, província central de Sofala.
A crise de alimentos, segundo o matutino “Notícias”, neste momento, afecta seriamente a comunidade do posto administrativo de Mulima, onde as vítimas sobrevivem basicamente da solidariedade interna dos residentes dos povoados de Goe, Sossoto, Narugwe e Mulima-Sede.
Pedro Filipe, chefe do posto administrativo de Mulima, diz que das 5.996 toneladas de diversos produtos alimentares projectadas para a última campanha apenas 2.594 toneladas foram colhidas, prejudicando no total cerca de 2.675 famílias.
“Existem algumas pessoas que estão ao longo do rio Nsangaze que conseguiram alguns produtos e estão a comercializar internamente mas precisamos de ajuda alimentar de emergência”, disse Pedro Filipe.
Para reverter a tendência, cerca de cinco mil famílias camponesas do distrito foram contempladas na feira de insumos agrícolas sobretudo na venda simbólica de sementes para a época agrícola 2010/11, enquanto extensionistas se desdobram na sensibilização dos produtores do sector familiar para garantir que a presente campanha seja um sucesso.
Os serviços de previsão meteorológica anunciaram a probabilidade de ocorrência chuvas normais e acima do normal, para a zona centro do país, durante os meses de Outubro corrente, Novembro e Dezembro, período referente a primeira época da pluviosidade.
O posto Administrativo de Mulima está localizado na região do baixo Zambeze e conta actualmente com um universo de cerca de 26.777 habitantes.