A Comissão Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira (24) “um desembolso no âmbito da Facilidade Rápida de Crédito (RCF) de DES 227.2 milhões (cerca de USD 309 milhões a taxa de câmbio de hoje) para ajudar Moçambique a suprir as necessidades urgentes da balança de pagamentos e fiscais decorrentes da pandemia covid-19”. São cerca de 21 biliões de meticais que o @Verdade havia anunciado e que serão injectados directamente no deficitário Orçamento de Estado de 2020.
“Espera-se que Moçambique seja afectado significativamente pela pandemia da covid-19, interrompendo uma recuperação nascente após dois poderosos ciclones tropicais que ocorreram em 2019. O Apoio financeiro de emergência do FMI no âmbito da Facilidade Rápida do Crédito, acoplado com o financiamento adicional em donativos que ajudará a catalisar, contribuirá para atender as necessidades urgentes da balança de pagamentos de Moçambique geradas pela pandemia”, declarou o Diretor Executivo Adjunto do FMI e Presidente, Tao Zhang, após a discussão da Comissão Executiva em Washington, nos Estado Unidos da América.
A injecção financeira do FMI, de acordo com Tao Zhang, “é limitar o impacto da pandemia e preservar a estabilidade macroeconómica e financeira. Aumento nas despesas em saúde e medidas para proteger os mais vulneráveis na sociedade e apoio as micro, pequenas e médias empresas estão sendo promulgadas”.
“Dado o limitado espaço fiscal e a elevada dívida pública de Moçambique, o apoio externo adicional, preferencialmente na forma de donativos e empréstimos altamente concessionais, também é necessário urgentemente para atender as elevadas necessidades de financiamento do país e aliviar os encargos financeiros da pandemia. A participação na iniciativa de suspensão da dívida do G20 proverá recursos adicionais para o combate à pandemia enquanto limita a deterioração dos indicadores de liquidez da divida de Moçambique no curto prazo”, referiu o Diretor Executivo Adjunto do FMI.
Tao Zhang declarou ainda que tem o compromisso do Governo de Filipe Nyusi “em evitar a corrupção e o uso indevido do financiamento de emergência, através do fortalecimento da transparência e a prestação de contas. Neste sentido, eles (o Governo de Moçambique) publicarão os grandes contratos públicos de procurement, conduzirão e publicarão auditorias do uso dos fundos”.