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FIPAG anuncia prioridades para abastecimento de água ao País

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O Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) pretende mobilizar cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos para financiar projectos de expansão e melhoria do abastecimento do precioso líquido na Área Metropolitana de Maputo e nas províncias de Gaza e Inhambane. Igualmente, está em perspectiva um investimento de 180 milhões de dólares nas províncias de Maputo e de Cabo Delgado.

Nesta última, será dada prioridade ao distrito de Mueda, onde será construída uma barragem com vista à melhoria do abastecimento de água a Montepuez e à cidade de Pemba. A par disso, serão implementados nas cidades de Quelimane, Beira e Chimoio projectos de abastecimento de água, avaliados em cerca de 80 milhões de dólares, financiados pelo Banco Europeu de Investimento.

Estes dados foram avançados pelo director-geral do FIPAG, Victor Tauacal, na cerimónia de encerramento da Reunião Nacional de Balanço e Planificação da instituição, que decorreu nos dias 5 e 6 de Dezembro último, na cidade de Maputo.

Na ocasião, Victor Tauacal considerou satisfatório o desempenho do FIPAG, que cumpriu, até ao momento, 85% do Plano Quinquenal do Governo (PQG), concretamente no que diz respeito ao abastecimento de água. “Só nos faltam 15% para cumprirmos a meta, e as perspectivas são boas. Temos projectos do Banco Mundial, que vão ser implementados em Pemba, Beira e Tete, e pensamos que vão estar concluídos no próximo ano (2023)”, disse o director-geral. Em 2023, o FIPAG espera, ainda, consolidar o quadro de gestão delegada de modo a tornar sustentáveis as sociedades comerciais recém-criadas, que passarão a integrar o sector privado na sua estrutura.

“As empresas devem ser auto-sustentáveis, o que passa por reduzir as perdas, que é o nosso foco. Neste momento, as perdas estão na ordem dos 47%, apesar de existirem algumas sociedades comerciais que já estão abaixo dos 40%”, realçou.

Ainda no que diz respeito à sustentabilidade das sociedades comerciais, Victor Tauacal apelou à rentabilização do negócio, bem como ao aumento do ritmo de facturação e cobrança. “É necessário efectuar a cobrança de todas as dívidas (comerciais, domésticas e de instituições públicas), pois, à medida que cobramos as dívidas, reduzimos as perdas e aumentamos a facturação e cobrança. Assim, estaremos a rentabilizar o nosso negócio e passamos a ter fundos próprios para investir na manutenção e reparação”, sublinhou o director-geral do FIPAG.

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