O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) não tem vindo a acompanhar o crescimento da indústria extractiva na cidade de Tete e vila de Moatize para provisão da quantidade necessária de água para o pleno funcionamento da sua indústria, admite fonte da direcção daquela instituição adstrita ao Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH).
A directora-delegada do FIPAG, Carmen Magane, disse que visando corrigir a situação, a sua instituição deverá aprovar, em 24 meses, um Plano-Director para Abastecimento de Água a Tete e Moatize, que, nos últimos anos, têm vindo a registar um incremento assinalável da indústria extractiva gerada pela implantação de vários projectos de investimento externo.
Por seu turno, o Banco Mundial (BIRD) acaba de alocar cerca de 4,1 milhões de dólares norte-americanos ao FIPAG para expandir a rede de abastecimento de água naquelas regiões, o mesmo acontecendo com a Holanda, que canaliza cerca de 2,4 milhões de euros para o triénio 2009/2011, ainda de acordo com Magane, falando durante a cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre o FIPAG e a companhia brasileira Vale Moçambique.
O Correio da manhã apurou, esta quarta-feira, à margem daquela cerimónia, na vila de Moatize, que a expansão da rede irá permitir o aumento da capacidade de abastecimento de água até cerca de 11 mil metros cúbicos/ dia, contra os actuais cerca de 7200 metros cúbicos/ dia.
Já na cidade de Tete, a capacidade irá ser incrementada para cerca de 30 mil metros cúbicos/dia, contra os actuais 18 672 metros cúbicos.