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Filipe Nyusi encontra-se com Afonso Dhlakama em Gorongosa, onde Guebuza recusou ir enquanto Chefe do Estado

FRENAMO pretende rever Constituição para acabar com alternativas políticas em Moçambique

Foto da Presidencia da RepúblicaO Presidente da República, Filipe Nyusi, encontrou-se, no domingo (06), com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no distrito de Gorongosa, província de Sofala, onde discutiram e acordaram sobre os próximos passos a seguir para o alcance da paz, cujo dossier esperam que seja concluído até finais deste ano.

O Chefe do Estado e o presidente do maior partido da oposição no país falaram igualmente da necessidade de manutenção do diálogo entre as partes “como o principal instrumento para alcançar consenso”.

Para além de perspectivar um novo encontro para preparar os últimos passos do que discutiram, eles conversaram ainda sobre “como o acompanhar de perto o trabalho das duas comissões”.

Filipe Nyusi deslocou-se para Gorongosa, ido de Chimoio, capital provincial de Manica, onde no sábado (05) terminou uma visita presidencial de três dias.

A partir do posto administrativo de Machipanda, o Alto Magistrado da Nação disse que os moçambicanos devem ter a cultura de diálogo para ultrapassarem as suas diferenças.

“Não se pode olhar para a violência como única fomar para resolver os nossos problemas. Nós estamos a conversar com o partido Renamo, na pessoa do seu líder, Afonso Dhlakama, porque queremos a paz para prosseguirmos com as actividades de desenvolvimento para o bem-estar dos moçambicanos”, disse.

Com a ida a Gorongosa, Nyusi superou o seu antecessor, Armando Guebuza, que, pese embora tenha assinado um acordo de cessar-fogo [efémero] com Dhlakama, sempre mostrou-se indisponível para tomar a mesma posição.

Mas Dhlakama sempre concordou em deslocar-se a Maputo, para discutir com o Governo a pacificação do país, apesar de que impunha algumas condições.

“No dia em que o Presidente Guebuza retirar essas forças que estão a cercar Satunjira, na Gorongosa, eu posso ir a Maputo. Mas como ele [Armando Guebuza] tem problemas em retirar essas forças, convido-o a vir já à Gorongosa para pormos termo a isso”, disse o líder da Renamo.

Contudo, Guebuza, que passou grande parte do seu mandato a dirigir um país mergulhado em guerra, saiu do poder sem nunca ter ido a Gorongosa.

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