A dívida contraída por diversos beneficiários do fundo dos Sete Milhões de Meticais (FIIL) na província de Sofala, Centro de Moçambique, desde 2007, ascende a 260 milhões de meticais (cerca de 7,1 milhões de dólares norte-americanos).
Trata-se do Fundo de Investimento em Iniciativas Locais (FIIL) criado pelo Governo moçambicano em 2006 para impulsionar o rápido desenvolvimento dos distritos.
Com base neste fundo, cada um dos 128 distritos do país recebe cerca de Sete Milhões de meticais anuais para financiar projectos de produção de comida e de geração de emprego.
Contudo, a gestão deste fundo ainda está enfermada de diversos problemas, incluindo os relacionados com a alegada exclusão de algumas pessoas, fuga dos mutuários de um distrito para outro e a lenta devolução do dinheiro emprestado.
Segundo o jornal “Diário de Moçambique’, o Governo provincial de Sofala alocou 274 milhões de meticais desde 2007 para financiar diversos projectos, mas desse valor os mutuários só devolveram 10,9 milhões aos cofres do Estado.
Este facto foi anunciado ao Governador substituto de Sofala, Carvalho Muária, que recentemente visitou os distritos de Machanga e Búzi, tendo ouvido, na primeira pessoa, as dificuldades enfrentadas pelos mutuários para devolver este dinheiro ao Estado.
Face a esta situação, o Governo de Sofala está a planear reformular os projectos financiados pelo FIL de modo a permitir o reembolso dos valores em divida.
“Vamos elaborar novos contratos para permitir que os mutuários possam devolver aos cofres do Estado o valor que conseguirem. Penso que esta medida vai ajudar os beneficiários a devolver o dinheiro”, disse o governante, reconhecendo que, actualmente, os níveis de reembolsos são “muito fracos”.
Muária disse acreditar que esta nova medida venha a acelerar o processo do reembolso das dívidas, uma vez que as pessoas terão permissão de devolver os valores que tiverem.
