Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Fidel volta a escrever para jornais cubanos depois de meses de silêncio

Uma carta do ex-líder cubano Fidel Castro a parabenizar um instituto médico de Havana no seu 50º aniversário foi publicada na primeira página dos jornais cubanos, Quinta-feira (18), na primeira publicação dele nos jornais em quatro meses.

A carta e uma história que a acompanha, que ocuparam a primeira página inteira do jornal Granma, do Partido Comunista, pareceram ser uma tentativa de aplacar os rumores sobre a saúde de Fidel e para dar o peso dele à justificativa do governo para a imposição das restrições de viagens há 50 anos.

A maioria das restrições de viagem será suspensa a partir de 14 de Janeiro, anunciou o governo, Terça-feira (16). Com 86 anos, Fidel Castro tem sido objecto de rumores em blogs e no Twitter nas últimas semanas de que estaria morto ou praticamente morto.

Todos os rumores são alimentados por sua longa ausência do olhar público. Depois de renunciar à Presidência em 2008, Fidel escrevia com regularidade colunas para a imprensa estatal, mas desde 19 de Junho não publicava nada.

Os últimos textos foram considerados por muitos tão esquisitos que suscitaram questionamentos sobre o seu estado mental. A sua última aparição pública ocorreu em Março, quando se encontrou rapidamente com o papa Bento 16 durante a sua visita à ilha comunista.

Embora tenha parecido lúcido, ele apresentou problemas para andar e estava bastante curvado. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, amigo próximo e aliado, disse em diversas ocasiões que Fidel está bem. Semana passada, o filho Alex Castro disse que o seu pai estava a exercitar-se e passava bem.

A carta, publicada com a sua assinatura e datada de 17 de Outubro, comentou o estabelecimento da vitória do Instituto Giron de Ciências Básicas e Pré-clínicas em 1962, que, segundo Fidel, “marcou o início da formação em massa de médicos”, considerada por Cuba uma das suas realizações características.

O instituto, escreveu ele, foi criado em resposta “à acção criminosa do império vizinho para roubar, como o fez com promessas de vistos e empregos, a maioria dos 6 mil médicos do país”.

As suas palavras ecoaram as de um editorial do governo publicado no Granma, Quinta-feira, acompanhando o anúncio sobre a suspensão das regulamentações de viagens, amplamente odiadas pelos cubanos.

De acordo com as novas regras, os médicos serão um dos diversos profissionais que ainda estarão sujeitos às antigas restrições.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts