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Festival do filme documentário arranca em Maputo

O festival do filme documentário, Dockanema, arrancou na noite de Sexta-feira em Maputo, um evento que se prolonga até 19 de Setembro corrente. Trata-se de um evento que, além da projecção de filmes moçambicanos e estrangeiros, vai proporcionar momentos de debates, palestras e encontros com profissionais ligados a produção de documentários. Desde o seu início em 2006, o Dockanema tem sido um dos principais palcos de exposição da produção cinematográfica moçambicana, actualmente constituída principalmente por documentários.

Nesta edição, dentre os filmes moçambicanos a serem projectados, constam “A Ponte – história do ferryboat Bagamoyo” da realizadora Diana Manhiça, “Maciene” e “Salani (adeus em Português)” de Isabel Noronha, “A bola” de Orlando Mesquita, “Johana, a terra que roubou os nossos maridos” de Natércia Chicane, entre outros.

Entretanto, para abertura da presente edição do festival, a organização optou pelo filme “48” da cineasta portuguesa Susana Sousa Dias.

Neste documentário de 92 minutos, a realizadora apresenta relatos de diversos prisioneiros políticos que foram encarcerados pela PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) durante os 48 anos do regime ditatorial português de 1926-1974.

Basicamente, o filme é constituído por uma sequência lenta de relatos acompanhados de fotografias e legendas em Inglês. Eventualmente, a lenta velocidade do filme é que fez com que algumas pessoas habituadas a filmes de acção dormissem ou abandonassem a sala de cinema antes do fim da sessão.

Ao longo dos 10 dias do evento, 80 filmes serão exibidos em diversos palcos da cidade de Maputo, nomeadamente na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane, no Centro Cultural Brasil/Moçambique bem como nas salas de cinema do Teatro Avenida, Scala, Gilberto Mendes e Xénon.

A organização do evento afirma que ter recebido cerca de 400 propostas para a apresentação de filmes durante o festival, mas apenas 80 foram apurados devido a insuficiência de meios, sobretudo infraestruturas de recreação.

O desafio da organização é levar o Dockanema para mais pontos do país, uma vez que actualmente o evento só acontece dentro do espaço urbano.

Contudo, para alcançar essa meta será necessário investir na construção de salas de cinema em mais pontos do país, pelo menos nas capitais provinciais.

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