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Festival de Veneza aposta no sexo na religião para superar os rivais

Veneza está a apostar no sexo e na cientologia este ano para provocar o tipo de rebuliço de que o mais antigo festival de cinema do mundo precisa para estar à frente dum número cada vez maior de rivais. No ano em que celebra o seu 80º aniversário, o festival anual, realizado na ilha do Lido, compete com Toronto para atrair os melhores filmes e os maiores astros para o seu tapete vermelho e um esfuziante circuito de festas.

A mostra da cidade tem ainda um novo desafio, um festival realizado em Novembro em Roma, que aumentou as suas credenciais ao contratar o respeitado director artístico de Veneza, Marco Mueller.

Mueller está a ser substituído por Alberto Barbera, que está bem ciente de que os preços elevados e a difícil infraestrutura no Lido favorecem os rivais.

“Roma e Veneza estão a irpara suas novas edições como boxeadores para um ringue”, disse o crítico Jay Weissberg, do jornal de negócios Variety, de Hollywood. Ele escreve a partir de Roma e acompanha de perto os festivais italianos.

“A guerra de palavras já chegou à imprensa nos últimos dois meses.” Barbera introduziu um pequeno mercado de filmes este ano para tornar Veneza mais atraente comercialmente para os estúdios, embora haja dúvidas sobre quantos negócios essa iniciativa irá gerar.

Mas a sua principal tarefa é atrair uma selecção de filmes que garanta a vinda dos artistas da classe A, burburinho na mídia e a divulgação mundial de cinema de alta qualidade e baixo orçamento.

No papel, o evento, marcado para o período de 29 de Agosto a 8 de Setembro, parece promissor. Não há nenhum George Clooney, presença constante em Veneza, e o festival não terá pesos-pesados como Angelina Jolie e Johnny Depp.

Mas um grupo de artistas vai compensar e ajudar a revigorar a imagem do festival. Zac Efron e Shia LaBeouf, populares artistas norte-americanos na faixa dos 20 e poucos estão a tentar distanciar-se de musicais e blockbusters, enquanto a actriz e cantora da Disney Selena Gomez, que namora o canadense Justin Bieber, está na cidade para promover uma série de filmes de que participou, este ano.

Robert Redford e Julie Christie representam a velha geração e, com Rachel McAdams, Ben Affleck e o imprevisível Joaquin Phoenix estão entre as grandes atracções para rodadas de entrevistas e fotos de promoção dos seus filmes.

O filme mais falado no festival poderá ser “The Master”, história de Paul Thomas Anderson sobre um culto religioso que, segundo os críticos que o viram, assemelha-se com a Cientologia.

Segundo o que foi publicado, Anderson disse que o papel de Lancaster Dodd, interpretado por Philip Seymour Hoffman, foi inspirado em L. Ron Hubbard, fundador da Igreja da Cientologia.

Mesmo assim, Anderson e a distribuidora Harvey Weinstein têm minimizado as comparações com a religião que tem entre os seus seguidores, os actores Tom Cruise e John Travolta, mas é considerada por oponentes como um culto que persegue as pessoas que pretendem abandoná-lo e coage os fiéis a pensarem do mesmo modo.

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