As mulheres residentes na Ilha Quirimba, na província nortenha de Cabo Delgado, pediram à Primeira-Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, para que interceda junto das autoridades competentes de forma a que possam ter acesso ao Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD).
Falando num encontro mantido, Quarta-feira (7), com a Primeira-Dama, que se encontra de visita àquele ponto do país, as mulheres acusaram as autoridades locais de ignorarem os projectos por elas apresentados.
Na ocasião, contaram que elas desenham e submetem os seus projectos, mas quando estes chegam a sede do distrito nunca são aprovados e nem sequer as autoridades dão explicação.
Casada Pacala, que disse ser a pessoa responsável pela recolha dos projectos para submissão a aprovação falou da existência de mais de dois mil projectos que aguardam resposta por quem de direito.
“Somos instruídos para elaborar projectos. Contudo, estes projectos nunca são aprovados, por isso as mulheres desta ilha não têm acesso a esse fundo”, disse Pakala.
Em resposta a esta preocupação, Maria da Luz Guebuza, fez questão de sublinhar que os sete milhões foram criados para combater a pobreza e criar postos de emprego, sendo que a sua atribuição não pode ser feita de forma discriminatória.
“E responsabilidade das autoridades chamar os proponentes de projectos para dar resposta. As autoridades têm a obrigação sobre o que está errado e o que o proponente deve fazer para corrigir as falha”, disse a Primeira Dama, vincando que esta preocupação como legítima.
Maria da Luz Guebuza destacou o papel da mulher na sociedade sublinhando que esta é “a forca que move o país” e que não pode avançar dividida nem discriminada.
Num outro desenvolvimento, a esposa do Presidente da República reconheceu que na ilha Quirimba, que se localiza no arquipélago que ostenta o mesmo nome, as mulheres têm poucas possibilidades de desenvolverem actividades agrícolas devido as condições locais que são impróprias, destacando que a pesca como actividade principal precisa de ser desenvolvida.
“Visitamos hoje o centro nutricional e vimos lã crianças malnutridas”, disse a Primeira-dama, explicando que apesar das poucas oportunidades é preciso que as mulheres aprendam como alimentar as crianças e a mulher grávida neste centro nutricional para que elas possam ter uma vida saudável.
No encontro, Maria da Luz Guebuza, fez também uma abordagem sobre a necessidade de todos os moçambicanos, em particular os jovens, se precaverem do HIV para que a esta pandemia não venha a comprometer o desenvolvimento do pais.
Quarta-feira, a Primeira-DamaMaria trabalhou nas ilhas Quirimba, e Ibo, onde visitou projectos de desenvolvimento económico e social como são os casos do Centro de Apoio Nutricional, Centro de Saúde e Maternidade, centro de alfabetização, para além de se reunir com organizações sociais.