Oitenta famílias encontram-se ao relento, desde quarta-feira (19), nos distritos da Maganja da Costa e de Ile, na província da Zambézia, devido à chuva intensa que concorreu para o transbordo do rio Licungo, o qual inundou várias residências e agravou a situação de miséria localmente.
No posto administrativo de Nante-Sede e nas localidades de Muteiua, Muquissirima, Rebuanha, Mussanhana e Namigolo a situação é considerada preocupante. O administrador da Maganja da Costa, Virgílio Gonzaga, disse que além do desalojamento de famílias, mais de 180 casas foram parcial e totalmente destruídas.
Em resultado disso, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) insta a população a não regressar às zonas de risco e a evitar atravessar os rios. No distrito do Alto Molócuè, onde a circulação de pessoas e bens está interrompida, desde o último domingo, pelo menos duas pessoas morreram quando tentavam atravessar uma ponte alagada pelo rio Molócuè, cujo caudal tende a aumentar.
Pascoal Alfredo, director da Unidade de Gestão das Bacias do Oeste (UGBO) da Administração Regional de Águas (ARA) do Centro/Norte, disse que na Zambézia os caudais dos rios continuam a subir de nível. Em consequência disso, as zonas baixas da vila municipal de Mocuba estão alagadas.