A Presidência da África do Sul está novamente envolta em polémica desde vez por haver permitido que a família Gupta, com fortes influências empresariais naquele país, usasse uma base das Forças Aéreas Sul-Africanas, também usada pelo Presidente Jacob Zuma, no seu deslocamento à aquele país para participar numa cerimónia matrimonial.
Nesta Terça-feira (30), um avião proveniente da Índia, transportando amigos e familiares de Vega Gupta, foi autorizado a aterrar na base militar localizada em Waterkloof, Pretória. Para agravar a polémica os convidados foram transportados para um hotel em Sun City por uma escolta oficial do Estado.
Entretanto, as Forças Armadas da Àfrica do Sul (SANDF) garantiram, na voz do seu porta-voz, Siphiwe Dlamini, que as forças armadas não estavam informadas sobre o uso da base aéreas pela família Gupta.
O porta-voz do ANC, Jackson Mthembu, apelou para que as pessoas que autorizaram a aterragem do avião que transportava a família Gupta e os seus amigos naquele ponto estratégico explicasse como e quem deu esse aval.
Por seu turno, o porta-voz da família Gupta, Gary Naidoo, insistiu que a autorização foi dada pelas Forças Armadas. Assegurou ainda que a Embaixada Indiana, e não a família Gupta, submeteu um pedido que foi aceite para o uso da base das Forças Aéreas de Waterkloof em Pretória. Tentativas de confirmação desta alegação junto da Embaixada Indiana em Pretória fracassaram.
A Presidência até aqui ainda não se pronunciou sobre este assunto, mas sabe-se que os empresários da família Gupta são amigos próximos do Presidente Zuma e um dos filhos e a última esposa do Presidente fazem parte do Conselho de Administração das firmas Gupta.
