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Falta de recursos compromete políticas sobre criança

A Ministra moçambicana da Mulher e Acção Social, Yolanda Cintura disse, segunda-feira, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, que a implementação de políticas e legislação sobre a criança tem sido dificultada pela falta de recursos.

Segundo a governante moçambicana, esse é um problema enfrentado por uma grande parte de países do mundo, e foi, segunda-feira, debatido pelos ministros ligados a área da criança durante a pré-cimeira que antecedeu a primeira Cimeira das Primeiras Damas, a iniciar, segunda-feira, em Kuala Lumpur.

“Temos políticas e planos sobre a criança, mas a grande dificuldade, na maioria dos casos, é a implementação destes instrumentos devido a limitação de recursos”, disse Cintura, falando a jornalistas moçambicanos destacados para a cobertura desta reunião das Primeiras Damas, a decorrer até Quarta-feira sob o lema “Uma criança hoje, um líder amanhã”.

Em todo o mundo, as crianças constituem um terço da população, mas também são um dos grupos etários mais desfavorecidos. Por exemplo, estima-se que cerca de 114 milhões de crianças em todo o mundo não tem acesso a educação básica. Além disso, cerca de 300 milhões de crianças de todo o mundo dormem com fome e perto de 250 milhões tem de trabalhar para sustentar as suas famílias.

A Ministra moçambicana disse que os recursos que dificultam a implementação de instrumentos destinados a melhorar a vida da criança são de diversos tipos, com destaque para os financeiros. Por exemplo, o Governo pode construir uma determinada escola cujo funcionamento em pleno é afectado devido a falta de recursos para o seu apetrechamento imediato com equipamento que possa permitir uma formação de qualidade da criança.

Os ministros ligados a área da criança entendem que as Primeiras Damas podem promover, nos seus respectivos países e em conjunto, programas que permitam o acesso da criança à saúde, educação e alimentação de qualidade, complementando assim o papel dos seus Governos nesse domínio.

“Sendo figuras influentes, Elas podem mobilizar recursos para a criação de centros de formação nas comunidades, bem como podem mobilizar as famílias, as comunidades e os empresários para assumirem o seu papel na formação da criança tendo em conta as áreas prioritárias da saúde e educação”, disse a governante moçambicana.

Igualmente, os ministros propõem a criação, nas comunidades, de programas específicos destinados a identificar talentos e crianças superdotadas, uma vez que em muitos casos os menores com estas virtudes não são descobertos em tempo útil, não sendo, por isso, aproveitados.

Esta cimeira, em que irão participar delegações de mais de 30 países, é da iniciativa da Paduka Seri Rosmah, esposa do Primeiro-Ministro da Malásia, e visa promover o desenvolvimento cognitivo, social, emotivo e comunicativo da criança por via de várias formas, incluindo a prestação de serviços sociais para este grupo etário, famílias e comunidades.

No encontro, Moçambique vai partilhar as experiências do trabalho da Esposa do Presidente da República, Maria da Luz Guebuza, no domínio da criança bem como as políticas, leis e programas do Governo para esse grupo etário, além das dificuldades e desafios do país nessa área.

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