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Falta de fundos condiciona arranque das obras da FACIM

As obras de construção das novas instalações que passarão a acolher a tradicional e anual Feira Internacional do Maputo (FACIM) continuam com datas incertas para o seu arranque, devido à falta dos fundos necessários para a edificação do empreendimento, cujo “projecto âncora” está avaliado em USD 44 milhões.

Depois da concretização da venda das actuais instalações da FACIM à sociedade Constellation, e contrariamente a todas as previsões, a maior feira multisectorial anual do país, ainda não tem espaço próprio para a sua realização, pelo que a edição deste ano, volta ao antigo recinto, à mercê da cedência dos novos proprietários, para que esta tivesse lugar.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração do Instituto para a Promoção das Exportações (IPEX), João Macaringue, “o início das obras depende da engenharia financeira que está a ser feita”, para a obtenção dos valores necessários para o efeito.

O “projecto âncora” desenhado para a nova feira, cujas instalações serão erguidas no distrito de Marracuene, a cerca de 20 quilómetros da capital do país, e compreenderão um pavilhão multi-uso com cerca de 19 mil metros de área coberta, escritórios para o IPEX, restaurantes, centros comerciais e um espaço de parqueamento para 400 viaturas, e dados os investimentos envolvidos, o governo defende que haja participação do sector privado para a sua viabilização.

Dada a incerteza que prevalece quanto às datas para o arranque das obras, incerto é também o local que irá acolher a 47ª edição da FACIM, a ter lugar em 2010, uma vez que, segundo informações fiáveis, a sociedade Constellation prevê iniciar dentro deste ano, os trabalhos que irão culminar com o seu projecto imobiliário, avaliado em mais de 888 milhões de euros.

46ª edição

Cerca de 500 empresas nacionais, 31 internacionais e 14 países confirmaram a sua presença na 46ª edição da FACIM, que terá lugar de 30 de Agosto a 5 de Setembro.

A feira deste ano tem a particularidade de ser organizado pelo IPEX que conta com a participação da Sociedade Gestora de Feiras e Exposições (SOGEX), que até ao ano passado detinha a exclusividade da organização destes eventos, e para além das exposições de bens e serviços, vai compreender diversos seminários económicos e eventos de entretenimento.

Em termos de participação, os números indicam um recorde dos últimos anos e, numa comparação com a edição de 2009, em particular, houve um aumento de seis países, 11 empresas estrangeiras e 123 expositores nacionais.

Para o PCA do IPEX, a adesão que se verificará na feira deste ano revela que “apesar da crise financeira mundial, Moçambique continua apetecível aos investimentos”.

Desconhecem-se os custos da realização da feira deste ano mas em termos de visitantes, os organizadores esperam superar os 55 mil registados ano passado.

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