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Exportações de carvão estimulam economia nacional

A economia de Moçambique continua robusta, apesar da frágil conjuntura económica global, e como reflexo do rápido arranque da produção de carvão e suas exportações, espera-se que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real atinja 7.5 por cento este ano, segundo Doris Ross, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Moçambique.

Uma missão do FMI visitou Moçambique de 17 a 31 de Outubro passado para efectuar a quinta avaliação no âmbito do Instrumento de Apoio à Política Económica (PSI), o programa de monitoria económica de três anos que foi aprovado inicialmente em Junho de 2010.

Nesse contexto, constatou-se que a taxa de inflação desacelerou acentuadamente de 16.6 por cento, no final de 2010, para 1.2 por cento, em Setembro de 2012, a taxa mais baixa na região e reflecte os efeitos de um firme aperto da política monetária em 2011, preços de alimentos importados mais baixos do que o esperado, e estabilidade dos preços administrados.

As exportações e o investimento directo estrangeiro têm permanecido fortes, elevam os níveis de investimento e ao fortalecimento adicional das reservas internacionais este ano.

A missão encoraja o cometimento renovado das autoridades moçambicanas na persecução de políticas económicas prudentes no âmbito do programa apoiado pelo FMI, que continuam a ter por finalidade preservar a estabilidade económica e sustentar o crescimento económico elevado, tornando-o mais inclusivo.

Por um lado, a missão subscreve a postura de apoio ao crescimento assumida pelas autoridades para o restante do ano 2012 e para 2013, e apoia as suas intenções de manter elevado o investimento público ao longo dos próximos anos para atacar a grande lacuna da infra-estrutura, enquanto garante uma gestão prudente do endividamento público e melhora a qualidade e a transparência da selecção de projectos.

Por outro, facilitar a expansão do crédito ao sector privado e reduzir o custo de realização de negócios e promover os objectivos de desenvolvimento social e humano da estratégia de redução da pobreza (PARP).

“Olhando para o futuro, a missão exortou as autoridades em seus esforços para aumentar a produção e a produtividade agrícola, promover a criação de emprego generalizado, e apoiar o desenvolvimento humano e social, incluindo através da expansão e implementação determinada do sistema de protecção social básica”, disse Doris Ross, para quem “espera-se que o Conselho Executivo do FMI delibere sobre a quinta avaliação do PSI em Dezembro de 2012”.

Refira-se que a Missão do FMI manteve encontros com os ministros moçambicanos das Finanças, Manuel Chang, da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, com o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gouveia Gove, representantes do Parlamento, do sector privado, dos parceiros na ajuda ao desenvolvimento e da sociedade civil.

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