O volume das exportações de camarão reduziu em cerca de 60,5%, no primeiro semestre de 2010, devido à queda dos níveis de produção e do respectivo preço médio internacional, em cerca de 30%, segundo o Instituto de Promoção de Exportações (IPEX).
Entretanto e segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do IPEX, João Macaringue, os Estados Unidos da América (EUA) continuam a interditar a entrada no seu mercado do camarão moçambicano por o país continuar a capturar o marisco juntamente com baleia por falta de um instrumento de separação das duas espécies marinhas no acto da pesca.
Macaringue revelou que o Governo continua a procurar financiamento para aquisição do referido instrumento, “mas não está a ser fácil ultrapassarmos o problema, pelo que continuamos a não exportar camarão para os Estados Unidos da América”.
Dados do IPEX apontam que, nos últimos 14 anos, o camarão rendeu a Moçambique divisas no valor de mais de um bilião de dólares norteamericanos, “mas nos últimos anos e devido a vários factores, o negócio de camarão não tem sido dos melhores”, reconheceu o PCA do IPEX, indicando que, em 1994, o produto representava 38% do volume global de exportações, “mas hoje o mesmo produto representa apenas dois porcento”.
Segundo igualmente dados do IPEX, em 1994, Moçambique amealhou cerca de 63 milhões de dólares norte-americanos, para as receitas passarem para pouco mais de 92 milhões de dólares, em 2001, valor que veio a reduzir, em 2008, para cerca de 45 milhões de dólares norte-americanos.
Em 2007, o camarão ocupava o quarto lugar no volume das exportações moçambicanas, para no ano seguinte descer para o sétimo na lista dos produtos que Moçambique mais exporta, altura em que foram capturadas e exportadas cerca de 5400 toneladas daquele produto, contra as mais de nove mil exportadas, em 2000.
Espanha, Portugal, França, África do Sul e Angola são os principais mercados do camarão moçambicano.