Quatro explosões destruíram um bairro controlado pelo governo perto de um clube de oficiais militares no norte da cidade síria de Aleppo, matando pelo menos 40 pessoas e ferindo mais de 90, esta Quarta-feira (3), disseram os activistas da oposição.
Os ataques, com minutos de diferença entre um e outro, atingiram a praça principal Saadallah al-Jabiri e uma quinta bomba explodiu a algumas centenas de metros de distância, segundo a televisão estatal, nos arredores da Cidade Velha, onde rebeldes e forças leais ao presidente Bashar al-Assad tem travado combates intensos.
“Cinco minutos depois da primeira explosão, uma segunda bomba explodiu. Uma terceira explodiu 10 minutos depois”, disse um repórter da televisão estatal. “Um carro-bomba também explodiu antes que as unidades de engenharia pudessem desarmá-lo.”
A estação de TV transmitiu imagens de três homens mortos disfarçados de soldados em uniformes do Exército que a emissora disse que foram baleados pelas forças de segurança antes que pudessem detonar explosivos presos a cintos que de que estavam vestidos.
Um parecia estar a segurar um dispositivo de disparo na mão. Aleppo agora está dividida em dois, com as forças de Assad principalmente no oeste e os rebeldes no leste. Vários grandes protestos em apoio ao presidente tinham sido realizados na praça Saadallah al-Jabiri.
Os rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar al-Assad anunciaram, semana passada, uma nova ofensiva em Aleppo, a maior cidade da Síria e o centro comercial do país, com 2,5 milhões de pessoas. No entanto, nenhum dos lados parece ter conquistado ganhos significativos até agora.
As explosões desta Quarta-feira também acontecem uma semana depois que os rebeldes bombardearam edifícios do comando militar de Assad no coração da capital Damasco e entraram em confronto com as forças de segurança por várias horas.
Esse ataque foi o maior na capital desde 18 de Julho, quando uma bomba matou vários funcionários do alto escalão da segurança, incluindo um cunhado de Assad, o ministro da Defesa e um general.