Visando recuperar o investimento que têm vindo a aplicar, exploradores de fontes de energia renovável produzida a partir do carvão mineral, gás natural e de outras fontes da chamada energia limpa exigiram, esta quartafeira, no Maputo, ao Governo incentivos fiscais para poderem dar continuidade aos seus projectos.
A exigência surge pelo facto dos mesmos projectos estarem a ser desenvolvidos nas zonas rurais e beneficiar a camponeses com reduzidas ou quase nulo poder financeiro para arcar com despesas inerentes ao uso daquele tipo de energia eléctrica, segundo Kamal Vaz, coordenador nacional da Verde Azul, uma organização não governamental moçambicana de consultoria em matéria do uso da energia renovável.“Estamos a gastar muito dinheiro na concretização dos nossos projectos sem retorno porque os beneficiários deste tipo de projectos não estão em condições de pagar pelo uso da energia fornecida”, esclareceu Kamal Vaz, falando ao Correio da manhã à margem de um encontro dos membros da Verde Azul com a direcção do Fundo Nacional de Energia (FUNAE) do Ministério da Energia.
O encontro tinha em vista pôr ao corrente os participantes sobre as modalidades de acesso ao financiamento da Rede Consultiva para o Financiamento Privado da Iniciativa da Tecnologia Climática (CTIPFAN) patrocinada pela Agência dos Estados Unidos da América para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e pelo Centro Internacional para Transferência de Tecnologia Ambiental (ICETT).
Refira-se, entretanto, que o FUNAE já submeteu à CTIPFAN um total de 12 projectos para financiamento dos quais quatro já com garantias de beneficiarem de fundos da Rede Consultiva para o Financiamento Privado da Iniciativa da Tecnologia Climática.
