O reitor da Universidade Politécnica, Narciso Matos, considera que os jovens moçambicanos devem acreditar nas suas ideias e transformá-las em projectos concretos, capazes de gerar soluções inovadoras, criar empregos e contribuir para o desenvolvimento económico e social do País.
Para o académico, o facto de os jovens constituírem a maioria da população é uma bênção, mas que pode, nalgum momento, representar uma ameaça: “O maior desafio de Moçambique é trabalho para esta camada”.
Narciso Matos falava, recentemente, durante a abertura da segunda edição do “Startup Day”, um projecto de incubação tecnológica de empresas da Mozinkub, co-organizado pela Universidade Politécnica e a Associação de Estudantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), com o financiamento da Embaixada da França em Moçambique, em cerca de 45 milhões de meticais.
Na ocasião, o reitor da Universidade Politécnica aconselhou os participantes a não desistirem diante de dificuldades, a serem persistentes e a avançarem da fase de concepção de ideias para a criação de produtos.
“O que têm em comum os telefones inteligentes e as plataformas tecnológicas que hoje usamos e que fazem parte da cultura universal é o facto de terem sido ideias de jovens como vocês, que identificaram a oportunidade e começaram a desenhar projectos. Tudo começou com ideias, e não dinheiro ou investimento. Eles acreditaram nas suas ideias, fizeram-nas crescer e hoje são parte da economia mundial. É isto que esperamos dos nossos jovens moçambicanos”, frisou.
Presente na cerimónia, o embaixador da França em Moçambique, Yann Pradeau, destacou a forte adesão dos jovens ao evento, para o qual foram seleccionados 20 finalistas. Para o diplomata, este facto é sinal de uma juventude que demonstra vontade de inventar e criar.
“É um bom prognóstico para Moçambique, para o qual a vossa determinação é um recurso inestimável, num País com tanto potencial quanto desafios. Por isso, espero que possam transformar os desafios em oportunidades de ajudar a desenvolver iniciativas inovadoras em sectores-chave para o País, tais como alimentação sustentável, novas tecnologias e mobilidade”, disse.
Por seu turno, o coordenador-geral da AEFUM, Tércio Viola, referiu que o Startup Day representa mais que um evento, mas também um palco para que os jovens provem que são capazes de liderar, inovar e transformar. “Este momento é, acima de tudo, de celebração da criatividade, resiliência e potencial da juventude moçambicana. Por isso, esperamos que daqui saiam soluções que melhorem vidas, criem empregos e projectem Moçambique como um País jovem inovador e resiliente”, sublinhou.
