O Exército de Camarões matou pelo menos 41 militantes islâmicos durante combates para repelir avanços ao longo de sua fronteira com a Nigéria durante o fim de semana, numa escalada do conflito na região, informou o governo camaronês.
As acções coordenadas em cinco cidades e vilarejos mostraram uma mudança de tática dos combatentes do grupo nigeriano Boko Haram, que até então vinha se focando em ataques isolados em assentamentos separados, disse o ministro da Informação, Issa Tchiroma.
A campanha do Boko Haram para estabelecer um califado islâmico cresceu a partir de seu reduto no nordeste da Nigéria para o vizinho Camarões, despertando temores em uma região já instável ameaçada também por militantes islâmicos do Sahel.
O governo de Camarões enviou milhares de soldados à região do extremo norte para combater militantes, e disse ter lançado ataques aéreos contra o movimento pela primeira vez no domingo. “Unidades do grupo (Boko Haram) atacaram Makari, Amchide, Limani e Achigachia em uma mudança de estratégia que consiste em distrair as tropas camaronesas em frentes diferentes, as tornando mais vulneráveis diante da mobilidade e imprevisibilidade de seus ataques”, disse Tchiroma na noite de domingo.
Pelo menos 34 militantes morreram depois que o Exército cercou uma base usada pelos militantes em Chogori, e outros sete e um soldado morreram perto da cidade de Waza, segundo o ministro.