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Exames de saúde depois do desastre nuclear ainda são lentos no Japão

Um ano depois da crise nuclear em Fukushima, o governo do Japão ainda é muito lento no fornecimento de exames de saúde e informações para os moradores, deixando-os confusos e desconfiados das autoridades, afirmou a organização de Direitos Humanos, Human Rights Watch.

“Um ano depois, nós não vemos serviços básicos de saúde a serem oferecidos de forma acessível e não vemos informações precisas, consistentes e não-contraditórias a serem divulgadas para as pessoas, regularmente”, disse a pesquisadora do grupo sediado em Nova York, Jane Cohen, à Reuters.

“As pessoas precisam de, pelo menos, estar bem equipadas com informações para que avaliarem a sua situação real com base nos factos reais.”

O tsunami que atingiu a costa do Japão do oceano Pacífico a 11 de Março do ano passado destruiu a usina nuclear de Fukushima, 240 quilómetros a nordeste de Tóquio, causando despejos de radiação que contaminaram a terra, o ar e a água, e forçou dezenas de milhares de pessoas a fugir.

“Deveria haver um plano claro e um local para testar o nível de radiação de todo o mundo “, afirmou Jane, que estuda a condição dos habitantes.

Ela sugeriu que o governo local talvez tenha que emprestar equipamento médico ou trazer mais médicos.

A prefeitura local disponibiliza exames de saúde para crianças e mulheres grávidas, que tendem a ser mais vulneráveis à radiação, mas o processo leva tempo.

As 360 mil crianças com idade até 18 anos na época do desastre serão submetidas a exames na tiróide para o resto das suas vidas. Até agora, 40 mil foram testadas, afirmou uma autoridade do governo de Fukushima.

Cerca de 380 mil crianças e mulheres grávidas podem fazer exames para verificar os níveis de exposição interna à radiação e 15.400 já o fizeram desde Janeiro, de acordo com o site do governo.

As preocupações dos moradores de Fukushima são exacerbadas pela falta de informações confiáveis das sua situações, explicou Jane, um problema que surgiu desde o princípio da crise nuclear.

“Ao não divulgar informações precisas e confiáveis de forma transparente, que é uma componente muito importante para o direito à saúde, estamos realmente a ver que o governo não está a realizar o seu compromisso de proteger o direito à saúde das pessoas.”

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