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Ex-primeiro-ministro sírio diz que Assad controla apenas 30% do país

O ex-primeiro-ministro sírio Riyad Hijab afirmou, Terça-feira (14), que o governo do presidente Bashar al-Assad está a desmoronar e que controla apenas 30 por cento do país, na sua primeira aparição pública depois de desertar para o lado da oposição, semana passada.

Ele disse, em entrevista colectiva na Jordânia, que o sentimento do governo estava em baixa depois de lutar por 17 meses para reprimir a revolta contra o regime de Assad.

“Digo-vos por minha experiência e antiga posição que o regime está a ruir, espiritualmente, materialmente e financeiramente. Militarmente está a desintegrar-se, uma vez que não ocupa mais do que 30 por cento do território sírio”, disse.

Hijab não entrou em detalhes sobre essa afirmação e não respondeu a perguntas de repórteres. Tem sido difícil determinar de forma independente a extensão do território nas mãos dos rebeldes, uma vez que grande parte dos combates acontece nas cidades distantes e áreas rurais.

O acesso da imprensa à Síria é restrito. Mas Assad perdeu faixas de território na fronteira norte e leste da Síria e a luta enfraqueceu o seu poder sobre as cidades maiores, como Aleppo e Homs.

Hijab acrescentou: “Ó revolucionários devotos, a sua revolução tornou-se um modelo de esforço e sacrifício pelo bem da liberdade e dignidade.”

Hijab, que como grande parte da oposição pertence à maioria sunita, não fazia parte do círculo próximo de Assad. Porém, como primeiro-ministro e a mais alta autoridade civil a desertar, a sua partida lançou um golpe simbólico ao regime, que é dominado pela minoria alauíta de Assad.

As autoridades sírias afirmaram que haviam dispensado Hijab antes de fugir, mas ele falou durante a entrevista colectiva em Amã que havia renunciado e desertado para a oposição, referindo-se ao governo de Assad como “inimigo de Deus”.

“É meu dever lavar as minhas mãos deste regime corrupto”, afirmou. Ele agradeceu os países como Arábia Saudita, Catar e Turquia pelo apoio e pediu a eles para que façam mais pela oposição.

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