O ex-ministro costa marfimnense Justin Koné Katinan, partidário do ex-Presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, acaba de ser detido novamente no Gana depois de o ter sido pela primeira vez em Agosto último a pedido do Governo da Costa do Marfim, soube-se de fonte oficial no local.
O seu advogado, Patrick Sogbordjor, disse estar chocado pela evolução da situação, considerando a captura do seu cliente como uma “violação do acórdão do Tribunal de Accra.
Efectivamente, Katina foi liberto, Terça-feira última, contra uma caução de cerca de 25 mil dólares americanos devendo em contrapartida comparecer de 15 em 15 dias no Escritório Nacional das Investigações (BNI, sigla em inglês) até à nova ordem.
O juiz decidiu que o estatuto de pedinte de asilo de Katinan será mantido enquanto o Governo do Gana examinava este requerimento da sua extradição para a Costa do Marfim a pedido do Governo deste país vizinho.
Centenas de refugiados costa marfimnense no Gana são acusados pelas autoridades ivoirienses de tentar desestabilizar o Governo do Presidene Alassane Dramane Ouattara.
No início da semana finda, o Ministério ganense dos Negócios Estrangeiros e Integração Regional divulgou um comunicado no qual exprimia “a sua grave preocupação” após múltiplos ataques contra os comissariados e casernas da gendarmaria nas cidades costa marfimnense de Abidjan e de Noe por assaltantes armados, tendo no entanto desmentido qualquer implicação do Gana nestes actos.
Os ataques causaram o encerramento a 21 de Setembro corrente das fronteiras terrestres, aéreas e marítimas da Costa do Marfim com o Gana.
No entanto, o Gana declarou-se contente por notar que, após ter observado os movimentos transfronteiriços entre os dois países, o Presidente Ouattara ordenou a reabertura da fronteira aérea.
O comunicado precisa que o Gana mede a amplitude dos problemas causados pelos referenciados acima relativamente à paz e à segurança não só na Costa do Mrfim mas igualmente no Gana.
“Tendo em conta a nossa dedicação partilhada à paz e à segurança constantemente afirmado pelos Presidentes dos dois países, o Gana está particularmente preocupado pelas acusações repetidas segundo as quais as incursões no território marfinense parte do seu território.
O Governo do Gana permanece convicto de que os dois países levarão a cabo investigações conjuntas sobre estes incidentes no “nosso interesse mútuo e em conformidade com as normas existentes entre as agências de segurança dos nossos dois países e mediante as nossas responsabilidades partilhadas de preservar a paz”, sublinha o comunicado.