O antigo braço-direito do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi libertado, na noite desta terça-feira (17), pela polícia depois de ser interrogado por suposto uso indevido de verbas públicas durante a época em que foi ministro do Interior, segundo uma fonte judicial.
Claude Gueant, que foi chefe do gabinete quando Sarkozy foi ministro do Interior e depois tornou-se ele próprio ministro do Interior quando Sarkozy foi eleito presidente, está desde Junho sob “investigação preliminar”.
A polícia disse ter encontrado, em buscas na casa dele, indícios de compras não declaradas no valor de 20 mil euros (27,5 mil dólares). As autoridades agora estão a investigar uma estrutura mais ampla de distribuição de bónus, pela qual Gueant recebia 10 mil euros por mês.
Gueant, que foi chefe do gabinete de Sarkozky de 2002 a 2011, negou qualquer irregularidade e diz que os pagamentos de 10 mil euros eram tirados de um fundo que financiava informantes policiais e operações de vigilância quando Sarkozy era ministro do Interior.
Sarkozy foi eleito presidente em 2007. Gueant foi liberado logo depois da meia-noite da terça-feira, depois de passar a maior parte do dia a ser interrogado na sede da polícia judicial, em Nanterre, nos arredores de Paris.
Michel Gaudin, outro ex-assessor de Sarkozy e que foi chefe da polícia, também foi liberado depois de ser interrogado por suspeitas de corrupção e evasão de divisas. O próprio Sarkozy foi inocentado em Outubro numa investigação sobre suspeitas de irregularidades no financiamento eleitoral.