Os restos mortais de Eusébio, um dos jogadores mais destacados da história de Portugal, descansam já no Panteão Nacional luso, uma honra reservada unicamente às personalidades mais importantes do país. Eusébio da Silva Ferreira, nascido a 25 de Janeiro de 1942 em Lourenço Marques (actual Maputo), em Moçambique, faleceu a 5 de Janeiro de 2014 vítima de paragem cardiorrespiratória.
As principais autoridades lusas, várias figuras ligadas ao Benfica -o clube onde Eusébio militou durante 15 anos- e centenas de adeptos deram hoje o último adeus ao “Pantera Negra”, como era apelidado na sua época como jogador.
caixão de madeira que guardava os seus restos mortais, coberto com uma bandeira de Portugal, percorreu as ruas de Lisboa a bordo de um veículo do que atiravam quatro cavalos brancos até chegar ao Panteão, onde aguardavam as autoridades.
O presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, começou o seu discurso assinalando que Eusébio foi “um grande português” e ressaltou a popularidade da qual gozava entre toda a população lusa.
“Foi amado genuinamente pelo povo português, por um país inteiro”, disse após destacar a simplicidade e humildade de “uma das personalidades mais cautivantes” que conheceu durante a sua vida. Também esteve na cerimónia a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, que reiterou o papel que teve o jogador para dar a conhecer Portugal no resto do mundo.
“Não é só um jogador intemporal, é também um homem intemporal. E mesmo assim lhe ouvimos dizer: eu não sou melhor que ninguém”, expressou.
As intervenções de Cavaco e Esteves deram passo ao traslado do caixão ao interior do edifício, pondo fim a uma cerimónia que se desenvolveu ao longo de toda a tarde.