Um grupo de empresários europeus acaba de manifestar interesse em investir nas minas de tantalite em Marropino, distrito de Ile, na província central da Zambézia, segundo o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM).
Trata-se de um grupo constituído por banqueiros alemães e holandeses que, em Janeiro de 2011, ficou impressionado com os recursos disponíveis, após uma visita efectuada àquele complexo mineiro, de acordo com aquele departamento governamental, salientando que a mina, gerida pela companhia Noventa, empresa com capitais britânicos, é o principal empreendimento económico do distrito de Ile.
As minas estiveram encerradas durante 18 meses, tendo retomado as suas actividades em Abril de 2010. A mina foi encerrada devido aos elevados custos operacionais ditados pela falta de energia eléctrica da rede nacional e a crise financeira internacional que afectou o mercado deste minério. A energia eléctrica da rede, que era um dos problemas para a operacionalização sustentável da fábrica, já foi estabelecida.
A mina foi aberta em 2008 e, logo após o arranque dos trabalhos, os seus proprietários sempre se queixaram da falta de energia eléctrica da rede nacional que, para além de implicar altos custos de combustível para alimentar os geradores, também condicionou a concretização da segunda fase do projecto que incluía a expansão da sua capacidade de produção.
Para avançar para a segunda fase do empreendimento implicaria o aumento do consumo de energia e, como consequência, investimentos adicionais quer em termos de grupos geradores, quer no que diz respeito à aquisição de combustíveis, numa altura em que o minério do tantalite registava baixos preços no mercado internacional, segundo igualmente o MIREM.
Refira-se que a maioria da produção concentrada de tântalo extraído da mina de Marropino é exportada para os Estados Unidos da América.