Os Estados Unidos escolheram um especialista em saúde pública de origem sul-coreana como seu candidato à presidência do Banco Mundial, um cargo que as economias de mercados emergentes estão a contestar pela primeira vez.
Num anúncio realizado nesta sexta-feira na Casa Branca, o presidente Barack Obama disse que estava a indicar Jim Yong Kim, presidente do Dartmouth College em New Hampshire e ex-diretor do Departamento de HIV/AIDS na Organização Mundial de Saúde (OMS). “É hora de um profissional desenvolvimentista liderar a agência mundial de desenvolvimento”, disse Obama ao lado de Kim; o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e a secretária de Estado, Hillary Clinton.
Angola, Nigéria e África do Sul aprovaram a indicação da ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala, uma respeitada economista e diplomata, como candidata a assumir o banco quando Robert Zoellick se retirar em junho. “O apoio está em linha com a crença de que a nomeação da liderança para o Banco Mundial e a sua instituição irmã, o Fundo Monetário Internacional (FMI), deve ser baseada no mérito, aberto e transparente”, os três disseram num comunicado.
Foi um raro exemplo de unidade entre os países, que muitas vezes estão em desacordo por lutar pelo domínio do continente.
Enquanto isso, um porta-voz do economista norte-americano Jeffrey Sachs disse que estava a retirar a sua candidatura em apoio a Kim. “O professor Sachs apoia o Dr. Kim 100 por cento e com um entusiasmo completo”, disse a porta-voz Erin Trowbridge.
Os Estados Unidos ocuparam a presidência desde a fundação do banco após a Segunda Guerra Mundial e um europeu sempre liderou o FMI.