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EUA: indicadores dizem que a economia já chegou ao fundo do poço

A publicação nesta quarta-feira de dois indicadores bem melhores que o previsto alimentou a ideia de que a economia americana já tenha chegado a seu ponto mais baixo, apesar deste quase otimismo que invadiu o mercado parecer precipitado aos olhos de alguns.

   Os economistas esperavam um sétimo mês consecutivo de redução das compras de bens duráveis e das vendas de imóveis novos, mas estes dois indicadores voltaram a subir em fevereiro.

   As encomendas de bens duráveis, uma medida do investimento das empresas, cresceram 3,4% em relação a janeiro, contrastando com o recuo de 2,5% esperado pelos analistas. As vendas de casas novas aumentaram 4,7%, desmentindo a queda antecipada de 2,9% nas previsões.

   Os industriais membros da associação MAPI viram nesses indicadores a última de uma série de estatísticas recentes “que deram a entender que a economia americana poderia estar perto, ou já teria chegado, ao ponto mais baixo de seu ciclo de atividade”.

   Mas os economistas se mantiveram prudentes. Muitos deles consideraram que o primeiro trimestre que termina foi tão catastrófico quanto o anterior, durante o qual o PIB americano caiu 6,2% em ritmo anual.

   A retomada de fevereiro das encomendas de bens duráveis “é muito menos impressionante do que parece à primeira vista e não tem nenhuma chance de durar”, disse Ian Shepherdson, da High Frequency Economics.

   Primeiro, a comparação com um mês de janeiro horrível (-7,3% em relação ao mês anterior, e -22,3% em seis meses) não é boa. Além disso, as despesas de investimentos, fora defesa e aviação, um indicador menos volátil, aumentaram apenas 0,6%.

   No imobiliário, um setor considerado essencial para a retomada, a atividade continua reduzida. Janeiro foi o mês mais fraco na matéria desde à primeira publicação desta estatística em 1963. Fevereiro é o segundo mais fraco.

   De fato, o quadro é pouco animador: a construção está quase em ponto morto, os preços caíram a seus níveis de 2003 e continuam caindo, e ao ritmo atual, seria preciso um período de 12 meses para acabar com a lista de casas não
vendidas.

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