Os Estados Unidos fecharam hoje, terça-feira, sua embaixada e representações diplomáticas na África do Sul, por pelo menos um dia, por razões de segurança. “Com base em informações recebidas recentemente por nossa agência regional de segurança, todas as representações do governo americano na África do Sul permanecerão fechadas nesta terça-feira”, afirmou a porta-voz da embaixada, Sharon Hudson-Dean, sem revelar mais detalhes. “No atual momento acreditamos que voltaremos a abrir na quarta-feira as representações americanas”, completou.
A medida é aplicada na embaixada de Pretória, nos consulados de Johannesburgo, Cidade do Cabo e Durban. Também afecta as agências governamentais americanas, como a agência de ajuda internacional (USAID). “Nossos serviços de inteligência se reuniram com funcionários americanos. A situação está sob controle”, declarou o comandante da polícia nacional sul-africana, Bheki Cele.
“Algumas coisas aconteceram, outras ainda estão ocorrendo”, completou em uma entrevista coletiva na Cidade do Cabo, sem entrar em detalhes. O governo dos Estados Unidos fortaleceu drasticamente há 10 anos a segurança em suas embaixadas, sobretudo no continente africano, depois dos atentados no Quênia e na Tanzânia.
Em 7 de agosto de 1998, dois veículos repletos de explosivos explodiram quase simultaneamente nas entradas das embaixadas americanas nestes países do leste da África, com um total de 224 mortos e mais de 5.000 feridos. Os atentados foram reivindicados pela Al-Qaeda, nos primeiros ataques em grande escala do grupo terrorista.
