As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram, esta terça-feira (30), que foi diagnosticado no país o primeiro paciente infectado com o vírus do Ébola, num novo sinal de como o surto que assola a África Ocidental pode espalhar globalmente-se.
O paciente tinha viajado recentemente para a África Ocidental e desenvolveu sintomas alguns dias depois de retornar ao Texas, disseram as autoridades estaduais. O paciente foi internado num quarto isolado do Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês) confirmou o diagnóstico. O Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas disse que estava a trabalhar com o CDC, o departamento de saúde local e o hospital “para investigar o caso e ajudar a prevenir a transmissão da doença”.
“O hospital implementou medidas de controle da infecção para ajudar a garantir a segurança de pacientes e funcionários”, disse o comunicado. Hospitais norte-americanos têm tratado vários pacientes que foram diagnosticados com Ebola na África Ocidental, onde ocorre o pior surto já registado do vírus, que já matou mais de 3.000 pessoas.
Os pacientes norte-americanos que tinham contraído a doença anteriormente eram todos profissionais da área de saúde e de ajuda humanitária que foram diagnosticados ainda na África Ocidental.
Os sintomas do Ébola geralmente aparecem entre dois e 21 dias depois da infecção, o que significa que há uma janela significativa durante a qual uma pessoa infectada pode escapar da detecção, permitindo que viaje.
O director do CDC, Dr. Thomas Frieden, disse que os hospitais dos EUA estão bem preparados para lidar com pacientes com Ébola e assegurou ao público que o vírus não deve representar a mesma ameaça nos Estados Unidos como acontece na África.