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EUA calam a Turquia, faturam o ouro e retornam ao topo

EUA calam a Turquia

A seleção de basquetebol norte americana derrotou a valente Turquia, empurrada por uma claque fanática por 81 a 64, e conquistou o ouro, interrompem um jejum que já durava 16 anos. 

O último dos três títulos mundiais dos EUA tinha sido no Canadá, em 1994. Desta vez, para chegar ao tetra, um jovem de 21 anos resolveu a partida. Kevin Durant, ala do Oklahoma City, brilhou de novo na final, com 28 pontos, e colocou um ponto de exclamação na campanha perfeita do seu país. Os turcos contaram com 16 pontos de Hedo Turkoglu, mas fizeram pouco além disso.

Os americanos viram o veterano Lamar Odom contribuir com 15 pontos e 11 ressaltos, além de Russell Westbrook com 13 e seis. Mas o jogo teve nome e sobrenome: Kevin Durant.

Foi o jovem ala que puxou a fila desde o início. O primeiro a entrar em quadra para o aquecimento. Queria jogo. Para os anfitriões, vê-lo no chão, só mesmo durante o alongamento que faz religiosamente no centro da quadra. Quando a coisa é para valer, o craque cresce. Alheio às vaias, Durant fez rapidinho oito pontos só para marcar presença.

Um Ilyasova sem a máscara protetora tentou freá-lo, mas não conseguiu. Gonlum e Asik herdaram a missão. Mas o camisa 5 ajudava os EUA no ataque e na defesa, que só deixou a Turquia tomar o comando do placar (15 a 14) graças a dois arremessos longos consecutivos de Turkoglu. Depois disso, o jogador predileto da torcida sentiu dores no joelho direito e deixou a quadra a coxear.

Testas franzidas. E com razão. Sem o turco que estava fazendo a diferença, era o momento para os americanos sufocarem o adversário na defesa e começarem a construir uma boa frente. Primeiro foi uma bandeja de Durant. Logo em seguida, dois ataques perdidos no em cima dos 24 segundos. Começava ali a arrancada: 22 a 17 ao fim do primeiro quarto.

A vantagem subiu para oito pontos no início do segundo período, sem a participação de Durant, que andava sumido. Apareceu de novo depois ver uma bola que conduzia ser roubada pelo rival. Na ânsia de recuperá-la, foi ao chão. Era o bastante para ele. Dali em diante, mesmo com Turkoglu de volta, o americano anotou nove pontos seguidos. Os companheiros aplaudiam e respiravam (34 a 24). Algo que do outro lado estava começando a ficar difícil.

Os comandados do técnico Bogdan Tanjevic mostravam sinais de cansaço diante de um jogo tão veloz apresentado pelo rival. Turkoglu não escondia a cara de dor. E o ginásio Sinan Erdem já não tinha o fôlego habitual para cantar. Com as fisionomias preocupadas e perdendo por 42 a 32, a equipa foi para o vestiário.

Na volta, quando piscou o olho, a equipa da casa já estava 18 pontos atrás. Ficou quatro minutos sem conseguir chegar ao cesto adversário. Mas Durant continuava a saber o caminho, foram duas bolas de três seguidas, e a cara de mau deu lugar a um grande sorriso. Talvez porque já soubesse que, naquele momento, a medalha de ouro tinha dono.

Só que Ender Arslan não tinha a mesma certeza. Com a mão certeira do perímetro, ele reacendeu sua equipe e o ginásio. Ainda assim, os Estados Unidos mantiveram-se à frente na virada para os últimos dez minutos: 61 a 48. Eram melhores no ressalto e não perdoavam no ataque.

Num último sacrifício, na tentativa de mudar o final daquela história que não seguia o guião, Turkoglu atendeu ao chamado de Tanjevic. Deixou o banco, encarou os americanos, mas não conseguia fazer muito. Até porque eles pareciam estar em todos os lugares. Quando não era Durant, era Lamar Odom, ou Derrick Rose, ou Russell Westbrook, ou Andre Iguodala, um voando mais que o outro.

Àquela altura, Durant aproveitava para passar os olhos pela arquibancada. Já congelava na memória o dia em que conseguiu silenciar adeptos tão apaixonados. E viu também quando eles reforçaram o amor por seus 12 gigantes, mesmo diante da única derrota no Mundial.

A 2m07s do fim, ficaram de pé, aplaudiram seus heróis e cantaram, mais uma vez, o nome do país. Quando tocou a sirene, o que a torcida viu foi um amontoado de americanos de uniforme azul-marinho no centro da quadra. Assim como tinha acontecido nas arquibancadas nas últimas duas horas, eles pularam, dançaram, gritaram e festejaram. São campeões mundiais.

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