Mais de trezentos trabalhadores estivadores amotinaram-se na praça da independência, paralisando assim, esta Terça-feira (18), as actividades que vinham exercendo no Porto de Quelimane, exigindo aumento dos seus ordenados. Os trabalhadores exigem ao patronato um aumento dos actuais 200 meticais para 300 mt/dia, conforme o trabalho que tem vindo a realizar naquele Porto.
Vários trabalhadores, segundo o Diário da Zambézia, alegaram que eles trabalham em más condições de trabalho. “Não temos máscaras, luvas e muito menos botas para nos protegermos da poeira que se faz naquele trabalho” – disseram os estivas.
Mais adiante, as fontes do DZ acrescentaram que para além destas reclamações, o seu patronato também não respeita as regras do trabalho, dai que uma das exigências é do aumento do valor ganho por dia, de acordo com a actividade.
“Queremos que aumente o nosso subsídio, porque sabemos que os nossos colegas que estão noutros portos ganham por ai 300mt a 400mt por dia” – remataram.
Quando questionados se voltariam a cumprir com as suas actividades, aqueles trabalhadores afirmaram que poderiam voltar ao trabalho depois de o patronato respondr às suas exigências.
Empregador foge do diálogo
Mesmo vendo que os trabalhadores não estavam a exercer a sua actividade normal como tem sido, o empregador nem sequer se fez ao diálogo, tendo optado pelo silêncio.
Mesmo a comunicação social fez tudo para obter reacções do lado do patronato, mas não foi possível.
Lembre-se que os estivadores fazem actividades no porto de Quelimane, e trabalham, alguns, em regime de escala.