Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

ADVERTISEMENT

Este sábado é Dia Internacional Contra as Plantações de Monoculturas

Assinala-se, este sábado (21), o Dia Mundial Contra as Plantações de Monoculturas em grande escala, num momento em que, nos últimos anos, estas têm se expandido muito rapidamente devido à pressão do mercado global.

Adicionalmente, as plantações de monoculturas têm sido promovidas como um dos mecanismos para combater as mudanças climáticas, como “sumidouros de carbono”.

No entanto, existem sérias dúvidas sobre a quantidade de carbono que estas plantações realmente conseguem absorver e sobre o período de tempo que este carbono permanece absorvido, segundo um comunicado enviado ao @Verdade.

A mercantilização da natureza permite que as grandes corporações e os países industrializados continuem a poluir como tem feito até ao momento desde que comprem créditos de carbono, inviabilizando deste modo qualquer debate sério que resulte em medidas concretas para a redução de emissões.

Várias instituições, grandes corporações e bancos internacionais estão a promover activamente a mercantilização da natureza. A natureza, a biodiversidade e as florestas precisam de ser protegidas e não permitir que se tornem objecto de especulação nos irresponsáveis mercados financeiros. Continuar a mercantilização da natureza levará seguramente a um desastre.

Plantações não são florestas

As plantações são desertos verdes! Elas não possuem a rica diversidade biológica e social que caracteriza as florestas nativas. Pelo contrário, as plantações apresentam graves impactos negativos: reassentamento de comunidades inteiras, violação dos direitos das comunidades locais, desrespeito pelos valores culturais locais, poluição dos ecossistemas pelo uso de pesticidas, perda da diversidade biológica e perturbação dos ciclos hidrológicos.

Nesse contexto, a Justiça Ambiental exige que o Governo tome medidas sérias para a conservação das florestas nativas, dos recursos naturais, no combate à exploração e exportação ilegal de madeira, e na promoção da conservação de florestas nativas, com a mesma intensidade e dedicação que tem vindo a promover as plantações e o REDD.

“Exigimos que o nosso Governo seja crítico a estes novos mecanismos de mercantilização da natureza em vez de ceder a toda e qualquer pressão movida pelos interesses das grandes corporações e países mais ricos e poderosos”.

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *