O segundo dia de campanha do candidato do Movimento Democrático de Moçambique, para o município da Matola, começou às 9 horas no mercado do bairro T3, no coração daquela autarquia, com a renovação das promessas do primeiro dia.
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Silvério Ronguana não é homem de usar a mesma camisa como os outros candidatos do seu partido. Contudo, as promessas para os vendedores do maior mercado daquela bairro não se distanciam daquilo que avançou no primeiro dia de campanha no “Santos”, o mais antigo espaço de venda informal da urbe que atravessa o deserto desde que Nhancale tomou as rédeas da autarquia.
“Vocês têm de ter o título de propriedade do vossa barraca”, dizia para depois problematizar: “essas vossas barracas são mais do que três tabacarias do centro da cidade e como é que eles têm títulos de propriedade e vocês não? ” Diante do silêncio dos proprietários e jovens, Ronguana esclarecia: “votem no candidato da mudança. A Matola tem de ser para todos e vocês precisam de um fundo de reforma”.
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“Estamos fartos”, disse José Augusto, vendedor de material eléctrico no mercado que fica à beira da rua que atravessa T3 e vai dar ao Estádio da Machava. As queixas dos vendedores repetiam-se banca após banca. Duas horas depois do contacto com os vendedores Ronguana saiu à estrada onde se encontrava um pequeno sistema de som montado. O candidato à edil da Matola pegou no microfone e soltou o verbo. Prometeu um mercado novo, com bancas reabilitadas e com condições fitossanitárias razoáveis.
“Votem no candidato da mudança”, repetiam enquanto os carros passam sem pressa. Depois da campanha no espaço adjacente ao mercado, a caravana do MDM seguiu para o interior do bairro. Pouco antes da paragem estratégica com o fito de recarregar as baterias, os membros do MDM cruzaram-se, em plena via pública, com uma brigada do partido Frelimo.
Quando todos acreditavam que o cruzamento poderia ser violento, eis que o mesmo foi celebrado de forma efusiva. As duas brigadas, num gesto de tolerância extraordinária para a nossa jovem democracia, cruzaram-se e trocaram passos de dança e abraços. O retrato de um novo rumo na forma de ser e estar na política. As diferenças partidárias foram relegadas para segundo plano e o que se ouviu mais foi: “que ganhe o melhor”.
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Bem perto das 15 horas, a caravana saiu para o bairro Acordos de Lusaka, paredes meias com T3, e prosseguiu a caça ao voto. Acompanhados pelo som de uma canção curiosa, os membros do MDM prometiam que o galo, no dia 20 deste mês, ia comer a maçaroca. O contacto porta a porta durou cerca de uma hora e meia. As promessas, essas, já se sabem, não fogem do que se foi anunciado no primeiro dia.

