A Espanha vai realizar, esta Segunda-feira (29), uma homenagem às 79 pessoas que morreram no pior desastre ferroviário no país em décadas, horas depois de o maquinista da composição ter sido solto da prisão enquanto aguarda o julgamento sob a acusação de homicídio por imprudência.
A cerimónia será às 19h na catedral de Santiago de Compostela, uma cidade de peregrinação mundialmente famosa, no noroeste da Espanha, onde o trem de alta velocidade descarrilou. O primeiro-ministro Mariano Rajoy, vários ministros e os filhos do rei, príncipe Felipe e infanta Elena, vão comparecer.
Às 20h41 da Quarta-feira, o comboio de alta velocidade com oito vagões descarrilou e pegou fogo depois de bater numa parede de concreto. O impacto foi tão forte que um dos vagões foi arremessado a vários metros de distância.
O número de mortos subiu para 79, depois que uma pessoa ferida – uma mulher de Estados Unidos – morreu no Domingo. Setenta pessoas continuam hospitalizadas, 22 em estado crítico.
O maquinista, Francisco Garzon, de 52 anos, aparentemente entrou em velocidade muito alta numa curva apertada. Ele estava detido desde Quinta-feira.
O juiz Luis Alaez acusou Garzon por “79 homicídios e vários crimes de lesão corporal, todos cometidos por imprudência profissional”, disse o tribunal num comunicado na noite de Domingo.