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Escarlatina

O que é a escarlatina?

“A escarlatina é uma doença infecciosa aguda, causada por uma bactéria chamada estreptococo beta hemolítico do grupo A. Os estreptococos são também agentes causadores de infecções da garganta (amigdalites) e da pele (impétigo, erisipela).

O aparecimento da escarlatina não depende de uma acção directa do estreptococo, mas de uma reacção de hipersensibilidade (alergia) a substâncias que a bactéria produz (toxinas). Assim, a mesma bactéria pode provocar doenças diferentes em cada indíviduo que infecta.”

Qual é a idade mais habitual de aparecimento da escarlatina?

A escarlatina é uma doença que afecta principalmente crianças em idade escolar.

A escarlatina é uma doença contagiosa?

Sim. A transmissão da escarlatina faz-se de pessoa para pessoa, através de gotículas de saliva ou secreções infectadas, que podem provir de doentes ou de pessoas sãs que transportam a bactéria na garganta ou no nariz sem apresentarem sintomas (portadores sãos).

Ao fim de quanto tempo após o contacto com um doente ou um portador se manifesta a doença, se houver contágio?

O tempo que decorre entre o contacto com um indivíduo infectado e o aparecimento de sintomas (período de incubação) é em geral de dois a quatro dias, podendo, no entanto, variar de um a sete.

Quais são as manifestações da escarlatina?

“A escarlatina é uma doença em que aparecem associadas uma infecção na garganta, febre e uma erupção típica na pele. O seu início é súbito com febre, mal-estar, dores de garganta, por vezes vómitos, dor de barriga e prostração. A febre, elevada nos dois ou três primeiros dias, diminui progressivamente a partir daí, mas pode manter- se durante uma semana.

A erupção da escarlatina aparece por volta do segundo dia de doença, com início no pescoço e no tronco, progredindo em direcção à face e membros. É constituída por pequenas manchas do tamanho de uma cabeça de alfinete, cor vermelha viva e que são mais intensas na face, nas axilas e nas virilhas, poupando a região à volta da boca que se apresenta pálida, e as palmas das mãos e plantas dos pés.

Estas alterações atingem também a língua, que se apresenta branca e saburrosa no início, ficando depois com aspecto de framboesa (língua em framboesa), devido ao aumento das papilas que adquirem um tom vermelho arroxeado nos bordos e na ponta da língua.

A erupção da escarlatina, que confere à pele um toque áspero, desaparece ao fim de seis dias, acompanhando-se de uma descamação fina durante alguns dias. Nas mãos e nos pés a descamação pode ser em lâminas.”

A escarlatina é uma doença benigna?

A escarlatina, como qualquer infecção estreptocóccica, cede facilmente ao tratamento e as complicações são raras, embora possam ser graves.

Que complicações pode ter a escarlatina?

“A escarlatina pode ter complicações precoces, durante a fase aguda da doença, e complicações tardias, que surgem semanas após o seu desaparecimento.

As complicações na fase aguda da doença resultam da disseminação da infecção estreptocóccica a outros locais do organismo, causando, por exemplo, otite, sinusite, laringite, meningite, etc.

As infecções tardias surgem após a cura da doença e são a febre reumática (lesão das válvulas do coração) e a glomerulonefrite (lesão do rim que pode evoluir para a insuficiência renal). Estas complicações são potencialmente graves e, para diminuir a sua ocorrência, é importante o tratamento adequado das infecções estreptocóccicas.”

São necessárias análises para o diagnóstico da escarlatina?

Embora o diagnóstico de escarlatina seja feito com base na observação clínica (associação de febre, inflamação da garganta e erupção punctiforme de cor vermelha viva e distribuição típica), deve ser confirmado através da pesquisa do estreptococo num esfregaço colhido por zaragatoa da garganta e nariz do doente (exsudado naso faríngeo). A confirmação da doença também pode ser feita após a cura através de exames de sangue (testes serológicos).

A escarlatina obriga ao afastamento escolar?

Sim. Além de ser necessário a criança estar em casa por uma questão de comodidade, devido à febre, dor de garaganta e prostração, a doença tem um contágio fácil, o que obriga ao afastamento escolar para a protecção das outras crianças. A criança pode voltar à escola quarenta e oito horas depois de inicia or tratamento antibiótico adequado, se estiver sem sintomas.

Porque é que se pedem exames à garganta de crianças sem queixas quando há casos de escarlatina na escola?

“Se surgem vários casos de escarlatina numa escola podemos estar perante a exsistência de um portador são (indivíduo que tem estreptococos na garganta ou no nariz, sem ter sintomas de doença), que espalha a infecção entre as crianças.

Se surge esta suspeita, todas as pessoas com contacto intímo com os doentes devem fazer uma pesquisa de estreptococo no nariz e na garganta, para identificar e tratar o possível portador são.

Quando há um surto de escarlatina (vários casos em simultâneo), os doentes devem também fazer um exsudado naso faríngeo para confirmar a erradicação do estreptococo após o tratamento.”

Qual é o tratamento da escarlatina?

“O tratamento de escolha para a escarlatina é a penicilina que elimina os estreptococos, evita as complicações da fase aguda, previne a febre reumática e diminui a possibilidade de aparecimento de glomerulonefrite (lesão renal). Nos doentes alérgicos à penicilina o medicamento habitualmente utilizado é a eritromocina.”

Auto-avaliação
dos testículos

Para que serve o auto-exame dos testículos ?

O auto-exame dos testículos, isto é, a palpação periódica dos testículos permite ao homem fazer o despiste de qualquer alteração dos testículos. Este procedimento possibilita a detecção precoce da presença de nódulos e eventualmente do cancro do testículo. Não se conhece ainda bem quais os factores de risco que levam ao desenvolvimento deste tipo de cancro, que aparece com maior frequência nos homens com idade compreendida entre os 20 e os 40 anos.

Quando se deve realizar este procedimento ?

Aconselha-se que o auto-exame dos testículos seja realizado desde cedo, ainda na adolescência, para que o indivíduo comece a ter a noção da consistência normal dos testículos, e assim conseguir detectar mais facilmente qualquer alteração. O melhor momento para efectuar este procedimento é durante o duche quente, altura em que os testículos se apresentam mais relaxados. Recomenda-se para este efeito uma vigilância com periodicidade quinzenal.

O que se considera “testículos normais” ?

Cada testículo, que têm a função de produzir espermatozóides e hormonas, nomeadamente a testosterona, está inserido dentro da uma bolsa com pregas, chamada escroto. Considera-se normal quando a consistência de um testículo é mole e macia. Também é natural quando um testículo é maior e está um pouco mais descaído que o outro.

Quando é que se considera uma alteração do testículo ?

Sempre que sentir qualquer modificação à habitual palpação do testículo. Qualquer alteração no tamanho, formato, peso, tumefacção, inchaço ou ponto doloroso, deve recorrer ao seu médico assistente, para o observar e aconselhar.

O que é que uma alteração do testículo pode significar ?

A maioria das alterações encontradas nos testículos não são cancro. Quistos, colecção de fluidos e infecção, são os problemas mais comuns que aparecem nos testículos. O cancro do testículo apresenta-se habitualmente como um nódulo de dimensão pequena e de consistência dura.

E se for um cancro ?

O tratamento do cancro é habitualmente eficaz e na maior parte dos casos tem cura. O tratamento é tanto mais eficaz quanto mais rápido for detectado o cancro e é mais difícil quanto mais tardio.

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