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Equipes de resgate procuram sobreviventes de desabamento de ponte italiana que matou 37 pessoas

Equipes de resgate procuravam nesta quarta-feira no meios de escombros possíveis sobreviventes da ponte que desmoronou na Itália, cujo saldo de mortes subiu para 37, e o governo culpou a operadora da ponte, exigindo demissões e propondo o encerramento da sua concessão.

A ponte de 50 anos, parte de uma via expressa com cobrança de portagens que liga a cidade portuária de Génova ao sul da França, desabou durante uma chuva torrencial na terça-feira, lançando dezenas de carros no leito de um rio e sobre um linha férrea e dois armazéns.

Testemunha ocular do fato, Ivan, de 37 anos, que foi retirado ainda na terça-feira do edifício próximo em que trabalha, descreveu o desmoronamento como inacreditável.

“Ver uma pilastra desabar como papel machê é uma coisa incrível”, disse. “Sempre soubemos dos problemas. Ela está em manutenção contínua”.

“Nos anos 1990 eles acrescentaram alguns reforços numa parte, mas mesmo por baixo você vê a ferrugem”.

Enquanto gruas chegavam para retirar placas de concreto do tamanho de um camião, centenas de bombeiros procuravam sobreviventes, e o choque e a tristeza do público transformaram-se em revolta pelo estado da ponte de 1,2 quilometro de comprimento, construída em 1967 e reformada dois anos atrás.

A Autostrade, unidade do grupo Atlantia, de Milão, que administra a ponte, disse que realizou verificações frequentes e sofisticadas na estrutura antes do desastre e que estas apresentaram resultados tranquilizadores.

“Além disso, os técnicos da empresa contaram, de forma a averiguar o estado da ponte e a eficiência dos sistemas de controle sendo adoptados, com empresas e instituições que são líderes mundiais em testes e inspecções baseados nas melhores práticas internacionais”, disse a Autostrade em um comunicado.

Mas o estado da ponte, e sua capacidade para suportar grandes aumentos de intensidade e tráfego ao longo dos anos, foram tema de debate público após o desmoronamento de terça-feira, quando um trecho de 80 metros ruiu durante o horário do almoço, com carros cheios de turistas e camiões sendo atingidos.

O vice-primeiro-ministro e ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, disse que o administrador privado da ponte lucrou “bilhões” com as portagens, mas “não gastou o dinheiro que deveria” e a sua concessão deveria ser revogada — aparentemente referindo-se à Autostrade.

A polícia de Génova estimou os mortos em 37 e os feridos em 16.

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