Os enviados internacionais visitaram, esta Segunda-feira (5), um membro do alto escalão da Irmandade Muçulmana do Egito na prisão, disse a agência de notícias estatal, em busca de uma solução para a crise causada pela queda do presidente Mohamed Mursi.
Os enviados encontraram o vice-líder da Irmandade, Khairat El-Shater, logo depois da meia-noite, depois de terem recebido autorização do procurador-geral egípcio para visitá-lo na prisão de Tora, ao sul do Cairo, de acordo com a agência estatal de notícias Mena.
A reportagem, que cita “uma fonte informada”, contradisse uma declaração do governo feita negando a realização de uma visita de funcionários dos Estados Unidos, União Europeia, Emirados Árabes Unidos e Catar. A Mena não deu mais detalhes. Mais cedo, o canal de notícias Al Jazeera, sediado em Doha, relatou que a reunião tinha ocorrido.
As duas reportagens não puderam ser confirmadas independentemente. Shater é vice-líder do grupo que levou Mursi à Presidência do Egito no ano passado, na primeira eleição presidencial democrática do país.
Visto como estrategista político da Irmandade, ele foi preso depois da queda de Mursi sob a acusação de incitar a violência. O esforço de mediação internacional está a ajudar a conter o conflito sangrento entre apoiantes islâmicos de Mursi e o governo interino instalado pelos militares que derrubaram o presidente a 3 de Julho, depois de protestos em massa contra o seu governo.