Há cerca de 1 ano e meio o Presidente Filipe Nyusi anunciou, com muita pompa, que o Estado iria abrir ao público 7,5 por cento do capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). Nesta segunda-feira (29) o PCA da empresa disse ao @Verdade que ainda não existe data para a entrada da HCB na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM).
“No dia 25 de Novembro, ao lançarmos o Programa Nacional de Produção e Distribuição de Carteiras, realizamos uma parte do nosso plano de inclusão. Hoje acrescentamos valor a esse plano com a abertura da estrutura accionista da HCB a nacionais”, afirmou a 26 de Novembro de 2017 o Presidente da República durante as comemorações do 10º aniversário da reversão da hidroeléctrica para o Estado moçambicano.
Desde então, criada a expectativa que a HCB poderia ser admitida à BVM nos 3 a 6 meses seguintes, tempo considerado normal de um processo do género pela própria instituição dirigida por Salim Valá, apenas é público que foi contratado o consórcio composto pelos Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e Banco BIG para liderarem o sindicato bancário para Oferta Pública de Venda (OPV).
Em Fevereiro passado o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique indicou que a OPV poderia acontecer “no primeiro trimestre”.
No entanto, já estamos no segundo trimestre, o PCA da HCB, Pedro Couto, reafirmou ao @Verdade que a Oferta Pública de Venda ainda deve acontecer em 2019 no entanto escusou-se a prestar mais detalhes sobre o processo.
Contudo o @Verdade apurou que a desaceleração da economia em 2018 e a nova desaceleração que vai acontecer em 2019, pelos impactos dos ciclones Idai e Kenneth, poderá retardar ainda mais esta OPV que o Presidente Nyusi disse tratar-se da “inclusão” dos moçambicanos nos ganhos da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, uma das poucas Empresas Públicas rentáveis.