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Empresários moçambicanos devem ser mais agressivos

O embaixador de Moçambique em Portugal, Miguel Mkaima, está esperançado que os empresários moçambicanos possam mudar de atitudes passando a ser “mais agressivos” na parceria e constituição de “joint venture” com homólogos portugueses.

Miguel Mkaima falava, esta Terça-feira, à AIM, em Lisboa, no âmbito da visita da missão empresarial moçambicana a Portugal, iniciada esta Segunda-feira e que terá o seu ponto mais alto com a realização da II Conferência Económica “Investir em Moçambique para 250 milhões de consumidores na SADC”, a decorrer, Quinta-feira, em Lisboa.

A conferência que surge na sequência da I, realizada em Agosto deste ano, na capital moçambicana, Maputo, tem como objectivo apresentar, mais uma vez, o país como um destino privilegiado de investimento, tendo como horizonte os 250 milhões de consumidores da região da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), segundo os organizadores.

Com a vinda desta missão e com a recente visita do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, a Portugal, em que se fazia acompanhar de mais de uma centena de empresários, “esperamos maior agressividade dos nossos homens de negócios”, sublinhou o diplomata moçambicano.

Preocupado com a falta de agressividade, Mkaima lançou uma crítica indirecta, sublinhando: “tenho assistido nos vários encontros com parceiros portugueses que os empresários moçambicanos reagem vagarosamente”.

Estas situações ocorrem numa altura em que Moçambique está empenhado no combate a pobreza absoluta que graça a maioria da população. Usando linguagem diplomática, Mkaima disse na manhã de Segunda-feira sentir certa timidez dos empresários moçambicanos na criação de sociedades com a contraparte portuguesa.

A reacção do diplomata foi durante uma visita à Embaixada de Moçambique em Portugal de representantes da missão empresarial. Na ocasião, Miguel Mkaima recebeu o presidente da Câmara de Comércio Moçambique Portugal (CCMP), Daniel David, delegado da câmara em Lisboa, Nuno Tavares, e do presidente do Município da Cidade da Matola, Arão Nhancale.

“Sinto que os empresários nacionais têm sido muito tímidos, têm tido muito medo de enfrentar os empresários portugueses na criação de sociedades ou parcerias”, lamentou Mkaima. Informações recolhidas pela a AIM, em Lisboa, apontam que alguns empresários moçambicanos encaram com pouca seriedade as oportunidades de negócio que são criadas pelas autoridades competentes na matéria.

Também há queixas de alguns empresários portugueses da falta de seriedade de alguns homens de negócios moçambicanos, que, quando estão em Portugal, priorizam visitas aos estabelecimentos comerciais.

O exemplo mais caricato registouse na recente visita oficial do chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, a Portugal. Entre várias actividades, no âmbito da visita, foi organizado um Seminário para divulgação de potencialidades de negócios em Moçambique. Contra todas as expectativas, alguns empresários moçambicanos gazetaram ao evento que foi bastante concorrido pelos portugueses. Armando Guebuza efectuou visita oficial a Portugal em Abril deste ano.

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