Empresários da província de Cabo Delgado preferem usar o porto de Nacala para exportar os seus produtos, principalmente a castanha de caju ali produzida em grandes quantidades, em detrimento do de Pemba, facto que está a preocupar as autoridades portuárias pembenses.
Este facto foi confirmado pelo director do porto, Ório Benzane, o qual acrescentou não saber a razão que estará por detrás dessa preferência, numa altura em que a actividade económica cresce naquele empreendimento portuário.
Benzane explicou que na sequência da alegada rejeição do porto de Pemba, que ele considerou de “um fenómeno estranho”, a direcção está a fazer um estudo para apurar as causas dessa atitude.
Contudo, Ório Benzane antecipou-se aos resultados do estudo, supondo que a opção por Nacala se deve, provavelmente, a alegadas facilidades oferecidas aos agentes económicos.
‘Estamos já a notar esta situação nos últimos anos e esse fenómeno é estranho para nós’, lamentou Benzane. O porto de Pemba exporta, essencialmente, a castanha de caju, madeira e o algodão, tidos como produtos tradicionais que passam por aquele empreendimento para fora do País, principalmente para a Ásia.
Nos últimos tempos, a exportação do algodão, feita maioritariamente pela multinacional PLEXUS, baixou, devido à queda do preço desta cultura de rendimento no mercado internacional.
A madeira não é exportada desde Dezembro passado, depois da apreensão, nessa altura, de inúmeros contentores carregados de toros de espécies protegidas por Lei e que estavam prestes a sair para o mercado asiático.