O Primeiro-Ministro moçambicano (PM), Aires Ali, conferiu posse na quarta-feira ao novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Trata-se de Inocêncio Matavel, um empresário que, em mandatos anteriores, já foi um dos administradores do INSS.
Matavel substitui no cargo Armando Pedro, que em Setembro de 2008 foi detido em conexão com o caso de desvio de fundos do Ministério do Interior, tendo sido solto em Dezembro passado por falta de provas para o incriminar. Falando na cerimónia de empossamento, Aires Ali disse que a expectativa do Governo é do INSS dar um passo qualitativo, passando de uma instituição virada para si mesma para um âmbito mais amplo em termos de serviços prestados ao público, colocando em primeiro lugar os próprios utentes, os contribuintes e o público no geral.
“Acompanhamos com muita atenção os sucessos alcançados pela instituição nos últimos anos, mas os desafios são ainda enormes para acelerar a expansão, modernização e consolidação dos serviços de segurança social, bem como para a promoção de boa imagem da sua Direcção”, disse o Primeiro-Ministro.
Aires Ali manifestou também a expectativa do novo PCA do INSS e sua equipa materializarem as metas do Governo no tocante a expansão do sistema de segurança social em número de inscritos e de ponto de vista geográfico, informatização geral do sistema em curso para garantir transparência na gestão, publicação de relatórios e contas da instituição, entre outros.
No seu contacto com a imprensa, Matavel disse ser difícil fazer prognóstico do que possa encontrar no INSS, mas adiantou que a situação actual da instituição seja diferente da do período do seu mandato como administrador. Em todo caso, ele prometeu trabalhar conjuntamente com os profissionais lá existentes no sentido de diagnosticar os desafios da instituição e trabalharem no sentido de os superar.
“O que espero, como PCA, é fundamentalmente trabalho”, disse, sublinhando que “penso que a primeira preocupação e’ melhorar o desempenho da instituição para alcançar os objectivos para os quais foi criada… atender as preocupações dos trabalhadores, estabilizar a instituição, e todos os desafios indicados pelo Primeiro-Ministro”.