O emir do Kuwait, xeque Sabah al-Ahmad Al-Sabah, dissolveu o Parlamento nesta quarta-feira, por decreto, pela segunda vez em menos de um ano, após uma nova confrontação entre o governo e o Poder Legislativo.
Em um discurso à Nação transmitido pela TV estatal, o soberano do rico emirado petroleiro do Golfo também anunciou a realização de eleições antecipadas no prazo de dois meses para eleger os 50 membros de um novo Parlamento.
Com isso, a Casa é dissolvida pela segunda vez, desde maio de 2008, e pela terceira, desde junho de 2006.
A dissolução havia sido anunciada à AFP pouco antes por uma fonte oficial, que pediu para não ser identificada. De acordo com essa fonte, o governo havia aprovado, em uma reunião extraordinária, “um decreto que dissolve o Parlamento e convoca novas eleições”. O texto ainda seria ratificado pelo emir.
O anúncio foi feito dois dias depois de o emir ter aceitado a saída do governo de seu sobrinho, o xeque Nasser Mohammad al-Ahmad Al-Sabah, após um conflito com alguns deputados sobre sua gestão.
Sobre a cabeça do chefe do governo pesava a ameaça de uma sabatina parlamentar pela acusação, por parte de cinco deputados islamitas, de má gestão, violação da Constituição, falta de prudência na política econômica e malversação de fundos públicos.
Em seu discurso, o emir justificou a dissolução do Parlamento “pelas atuações deploráveis (dos deputados), que arranharam a democracia” e que “entorpeceram a cooperação desejada entre o Legislativo e o Executivo”.
Ainda segundo ele, devido ao “perigo” em que essa situação colocava o país, foi preciso “dissolver o Parlamento” e “convocar o povo para eleger um novo, que assumirá sua responsabilidade (…) em um espírito de cooperação” com o governo.
“Que todo o mundo saiba que, fiel às minhas responsabilidades (…), não duvidarei em tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e estabilidade do país e proteger seus interesses”, frisou.
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