Pelo menos 40 soldados morreram e outros 65 desapareceram após uma emboscada realizada por supostos membros do grupo radical islâmico Boko Haram no estado de Borno, no norte da Nigéria.
O jornal local “Premium Times” informou nesta terça-feira, citando “múltiplas fontes de Defesa”, que o sangrento ataque aconteceu na sexta-feira passada.
Segundo a fonte, os soldados faziam parte da Força de Ação Conjunta (JTF, na sigla inglês) e eram uma missão avançada para um bombardeio aéreo dos acampamentos dos fundamentalistas na estrada que une Maiduguri com Baga.
No entanto, os bombardeamentos foram suspensos e as tropas de terra não foram avisadas.
“Devido a uma falta de comunicação, as tropas se aproximaram das posições dos terroristas sem saber que o bombardeio tinha sido cancelado e foram pegos de surpresa”, assegurou uma das fontes do jornal nigeriano.
Após o ataque, os supostos radicais islâmicos confiscaram as armas dos militares nigerianos.
Desde o último dia 16 de maio, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país (todos eles sob estado de emergência), após um aumento da atividade criminosa nessa região, onde opera o Boko Haram. O grupo, cujo nome significa em línguas locais “a educação não islâmica é pecado”, luta para impor a lei islâmica no país africano, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
