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Nacala perspectiva converão para entreposto internacional de referência

Cerca de sete mil postos de emprego fixos foram criados desde que foi operacionalizada, há dois anos, a Zona Económica Especial (ZEE) de Nacala, onde operam um total de 14 empresas certificadas que investiram, para sua implantação, um montante estimado em 276 milhões de dólares norteamericanos.

Este dado foi avançado, quinta-feira, pelo ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, nos trabalhos da conferência sobre o desenvolvimento da referida, que decorre nesta cidade.

As empresas certificadas para operar na ZEE pertencem aos ramos da indústria, agro-indústria serviços e comércio alem do turismo.

O sector da indústria, que registou um volume de investimentos estimado em 232 milhões de dólares, é aquele que garante, neste momento, maior número de postos de emprego fixo com um total de 3.477 operários.

O montante de investimento realizado para a implantação dos 14 projectos certificados na ZEE de Nacala e que proporcionaram os 6.612 postos de emprego foi suportado, quase na totalidade, pelo sector privado nacional.

Facto que, na óptica de Aiuba Cuereneia, espelha o grande compromisso daquela camada em desenvolver acções que possam induzir o seu crescimento económico, aproveitando as oportunidades existentes naquela região.

Apesar dos avanços alcançados, consubstanciados no aumento das oportunidades de milhares de famílias de elevar as suas condições de vida, existem outros desafios por parte do governo que se concentram, nomeadamente, na atracção de investimentos público e privado, visando promover a exploração do potencial na ZEE de Nacala, nomeadamente do seu sistema ferroviário e do porto local para estimular o incremento dos volumes de cargas manuseadas.

De acordo com o governante, pretende-se que a ZEE de Nacala – a primeira a ser concebida no país e que abrange o vizinho distrito de Nacala-a- Velha impulsione o desenvolvimento das províncias circunvizinhas bem como dos países que beneficiam do corredor de Nacala nomeadamente Malawi, Zâmbia, Zimbabué, Tanzânia e, quiçá, o Congo Democrático.

Danilo Nalá, director geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado, disse, por seu turno, que pretende-se que a ZEE de Nacala seja um pólo de modernização tecnológica e um entreposto internacional de referência, a partir do qual se pode proceder a redistribuição de mercadorias para vários cantos de mundo.

No entanto, o reitor da universidade do Lúrio, Jorge Ferrão, um dos convidados à conferência, recordou que a concretização dos objectivos supracitados depende da competência dos activos humanos.

E que, para o efeito, o governo e o sector público devem olhar para a criação de institutos técnico-profissionais e universidades que formem recursos humanos qualificados em áreas específicas para garantir a prossecução dos projectos em curso e futuros.

Jorge Ferrão prognostica a cidade de Nacala como candidata à ascensão da segunda posição a seguir de Maputo, a avaliar pelo ritmo de investimentos que promovem o seu crescimento, as características das ZEE é de ocorrência de conflitos de índole laboral, recursos naturais e de liderança que requerem técnicos especializados para a sua mitigação.

Dois momentos importantes vão caracterizar, sexta-feira, a conferência que decorre em Nacala-Porto, nomeadamente a cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção do edifício onde vai funcionar o gabinete da ZEE local, alem de visitas a alguns projectos económicos cuja implantação foi favorecida pela criação das zonas económicas especiais e que servem de exemplo pela forma como têm operado.

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