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Em Nampula e Tete: Mulheres aprendem a ser mestres-de-obras e electricistas

Com o propósito de formar quadros técnicos, sobretudo mulheres que demonstrem incapacidade financeira para avançar com os estudos, arrancaram recentemente, nas províncias de Nampula e Tete, as aulas do Programa de Reforma do Ensino Técnico-Profissional, no Instituto Médio Politécnico (REPTO-IMEP), da Fundação Universitária para o Desenvolvimento da Educação (FUNDE).

As aulas deste programa arrancaram com um total de 135 estudantes matriculados nas duas províncias, estando, só na província de Nampula, 17 a frequentar o curso de Mestre-de-Obras, 18 o de Medidores Orçamentais e 30 o de Electricidade Industrial.

Dos restantes 70 que se encontram a estudar na província de Tete, 17 estão inscritos no curso de Estradas e Pontes, 25 no de Manutenção de Equipamentos Hidráulicos e 28 no de Construções Mecânicas.

Espera-se, com este programa, que sejam desenvolvidas as competências práticas de modo a estimular novas iniciativas entre os jovens empreendedores, sobretudo viradas para o auto-emprego, nas diferentes áreas e sectores de actividade do País.

De acordo com Rosânia da Silva, directora executiva da FUNDE, a introdução destes seis cursos representa uma grande oportunidade para a implementação da fase piloto da Reforma do Ensino Técnico-Profissional.

Conforme explicou, “este exercício vai contribuir para, paulatinamente, se proceder com a conformação dos actuais cursos do IMEP, como cumprimento das orientações do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, bem como da Autoridade Nacional da Educação Profissional, segundo as quais todas as instituições de formação técnico-profissional devem aderir à reforma”, explicou.

No tocante à retenção de jovens da classe média-baixa neste programa, Rosânia da Silva esclareceu que o REPTO-IMEP estabeleceu um sistema de apoio financeiro em alojamento e alimentação, incluindo o apoio psicológico, de saúde preventiva e materno-infantil, “para propiciar as mais elevadas condições de aprendizagem aos formandos”.

Refira-se que, para a materialização deste programa de formação, a FUNDE celebrou, em Novembro do ano passado, em Maputo, um acordo de parceria com o JOBA, um programa financiado pelo Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido – Ukaid/DFID, numa cerimónia que igualmente serviu para o lançamento oficial deste projecto.

“A expectativa é de que o sucesso, que vai resultar da implementação deste programa de formação, venha a estimular a expansão da reforma nos restantes cursos do IMEP”, manifestou Rosânia da Silva.

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