O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, inaugurou, quarta-feira, 16 de Outubro, no Conselho Autárquico da Vila de Metangula, província de Niassa, um conjunto habitacional composto por 25 casas, cuja construção custou perto de 45 milhões de meticais, financiados pelo Estado moçambicano, através do Fundo para o Fomento de Habitação (FFH).
O projecto, que vai beneficiar, de forma directa, cerca de 110 pessoas, incluiu a abertura de ruas, instalação de energia eléctrica, construção de um sistema de abastecimento de água, vala de drenagem e drift, infra-estruturas indispensáveis para uma boa qualidade de vida.
Com a inauguração destas habitações, ascende a 6.556 o número de casas construídas e disponibilizadas à população no âmbito do Programa Quinquenal do Governo (2020-2024), distribuídos por subprojectos do Programa Habita Moçambique e de Reconstrução Pós-Ciclone, beneficiando cerca de 39 mil pessoas.
Actualmente, estão em construção um total de 1.576 casas, cujas obras se encontram em diferentes estágios de execução. Trata-se de 64 habitações do Projecto Renascer, que está a ser implementado em Montepuez (20), Metuge (20), Ribáuè (24), bem como 152 do Projecto Conjuntos Habitacionais, sendo 25 na Zambézia, 25 em Tete, 32 em Chimoio, 38 em Gaza e 32 em Maputo.
Acresce-se, ainda, 860 casas em construção inseridas no Projecto Reconstrução Pós-Ciclone, sendo 840 em Sofala, 20 em Nampula, incluindo 500 habitações no âmbito do Projecto Melhoria, divididas pelos municípios de Nampula (125), Nacala-Porto (125), Pemba (125) e Montepuez (125). Igualmente, estão em infra-estruturação 400 talhões nos municípios de Vilanculos (200) e Quelimane (200).
Na sua intervenção, Carlos Mesquita explicou que a construção das 25 casas se insere no Programa Habita Moçambique, que tem como objectivo urbanizar novas áreas habitacionais, construir casas de diferentes padrões, ajustadas aos níveis de renda dos agregados familiares, bem como promover a auto-construção de habitação resiliente e o fomento de utilização de materiais locais. A iniciativa está dividida em quatro projectos, nomeadamente Melhoria, Renascer, Conjuntos Habitacionais e Terra Infra-Estruturada.
“Esta é mais uma realização do Governo, comprometido com o bem-estar da população e com a melhoria das condições de vida dos moçambicanos. Estamos a construir um futuro melhor, onde cada jovem tenha a oportunidade de crescer e prosperar, onde a habitação não seja um obstáculo, mas sim um alicerce para o desenvolvimento”, frisou. Na ocasião, o governante convidou o sector privado a envolver-se na construção de mais habitações sociais, dada a limitação de recursos públicos para responder à demanda cada vez mais crescente.
“O mercado habitacional está em alta e existe uma oportunidade real para os investidores contribuírem na construção de mais residências. A parceria entre o Governo e o sector privado pode acelerar a resolução dessa demanda, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis que atendam às necessidades da população”, acrescentou.
Conforme explicou Carlos Mesquita, a demanda pela habitação condigna e resiliente tem estado a aumentar no país, principalmente no segmento da população jovem, que está a iniciar as suas carreiras profissionais, e no seio dos funcionários públicos de diversas áreas.
“Essa realidade impacta directamente na qualidade dos serviços oferecidos à população, pois muitos profissionais enfrentam dificuldades em se estabelecer nas comunidades onde trabalham. Não restam dúvidas que, com a construção destas casas, estamos não apenas a proporcionar um tecto, mas também a criar condições para que os nossos funcionários possam desenvolver as suas carreiras com dignidade e segurança”, concluiu.