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Em cerimônia quase sem surpresas, “A Forma da Água” é o campeão do Oscar

Com quatro estatuetas, entre elas as de melhor filme e realização, para o mexicano Guillermo Del Toro, “A Forma da Água” foi o grande campeão da 90ª edição do Oscar, em cerimónia realizada na noite de domingo nos Estados Unidos da América.

“Há poucas semanas, Steven Spielberg disse-me que, se eu finalmente subisse ao palco para receber este prémio, deveria lembrar que sou parte do nosso legado, do nosso mundo de cineastas, e que me sentisse orgulhoso por isso. Estou muito orgulhoso e quero dedicar isto a todos os jovens cineastas”, comentou Del Toro.

O realizador tornou-se no terceiro mexicano a levar a estatueta de melhor direção para casa, após Alfonso Cuarón (“Gravidade”) e Alejandro González Iñárritu (“Birdman” e “O Regresso”).

Não houve surpresas nos prémios de interpretação. Gary Oldman ganhou como melhor actor por “O Destino de Uma Nação”; a favoritíssima Frances McDormand como melhor atriz por “Três Anúncios Para Um Crime”; Sam Rockwell como melhor actor secundário pelo mesmo filme; e Allison Janney como melhor atriz secundária por “Eu, Tonya”.

Del Toro também competia na categoria de melhor roteiro original, mas a estatueta ficou com Jordan Peele, que escreveu e dirigiu “Corra!”.

Outro prémio marcante foi o de melhor filme estrangeiro, para “Uma Mulher Fantástica”, do diretor chileno Sebastián Lelio e protagonizado pela atriz transexual Daniela Vega.

“Isto é um presente incrível”, disse Lelio sobre o palco, onde também agradeceu a Vega por ser “a inspiração deste filme”, uma dedicatória que foi recebida com aplausos pelo público. O filme de Lelio era a segunda produção chilena da história a conseguir uma indicação, depois de “No” (2012), de Pablo Larraín, e o primeiro a levar o prémio.

Outro grande vencedor da noite foi “Dunkirk”, do britânico Christopher Nolan, com três prémios, todos técnicos: melhor som, melhor edição de som e melhor montagem.

Vários filmes conseguiram vencer em duas categorias: “O Destino de Uma Nação”, “Viva: A Vida é uma Festa”, “Corra!” e “Três Anúncios Para Um Crime”. “Viva”, o filme da Pixar sobre o tradicional Dia dos Mortos mexicano, ganhou como a melhor animação e pela melhor canção original, “Remember Me”.

O ex-jogador de basquete Kobe Bryant, ídolo do Los Angeles Lakers, adicionou à estante de troféus uma estatueta dourada pela vitória na categoria de melhor documentário de animação, por “Dear Basketball”.

Além disso, James Ivory, que completará 90 anos em Junho, bateu o recorde de artista masculino mais idoso a conseguir uma estatueta, neste caso o de melhor roteiro adaptado, por “Chama-me Pelo Seu Nome”.

O britânico Roger Deakins, com “Blade Runner 2049”, finalmente recebeu o devido reconhecimento com o prémio de melhor fotografia, após 14 indicações.

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