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Egito pede ajuda de aliados depois de ataques mortais no Sinai

O ministro das Relações Exteriores do Egito entrou em contacto com os embaixadores no país para pedir ajuda adicional em segurança, dois dias depois de um dos piores surtos de violência desde a queda do presidente islâmico Mohamed Mursi, no ano passado.

Pelo menos 33 seguranças foram mortos na última sexta-feira na Península do Sinai, na fronteira com Israel e Gaza, no ataque a um posto de controle que trazia as marcas dos ataques, reivindicados pelo grupo militante mais activo do Egito, o Ansar Bayt al-Maqdis.

Num comunicado por e-mail neste domingo, o ministro das Relações Exteriores pediu o apoio da comunidade internacional para uma acção “firme e decisiva do governo” para confrontar os militantes. O ministro Sameh Shukri disse, segundo a agência de notícias estatal Mena, que recorreria a diplomatas no Cairo para apelar por mais apoio “político e económico”.

Shukri, que deixou Cairo neste domingo para uma visita de dois dias ao Reino Unido, onde discutirá a segurança da Líbia, não especificou os países com os quais conversaria ou o tipo de ajuda que pediria. A União Europeia e os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido condenaram os ataques na última sexta-feira e prometeram apoio.

O governo respondeu aos ataques da sexta-feira rapidamente, declarando um estado de emergência de três meses em partes do Sinai do Norte, onde eles aconteceram. O presidente Abdel Fattah al-Sisi disse no sábado que o exército responderia com algumas medidas na área da fronteira, onde uma zona neutra deve ser estendida para perseguir os militantes e destruir os túneis usados para passagem de armas e combatentes.

O gabinete egípcio também propôs, no último sábado, uma nova medida que permitirá o uso de cortes militares para julgar os civis acusados de crimes como bloqueio de estradas e ataques a propriedades públicas. Sisi foi eleito em Maio depois de derrubar Mursi, da Irmandade Muçulmana, ano passado, depois de protestos populares. Ele assumiu o cargo a prometer encerrar a insurgência da militância islâmica no Sinai e reparar uma economia destruída pela turbulência política.

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