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Edil de Nacala em jeito de balanço: ‘‘Missão cumprida”

Edil de Nacala em jeito de balanço: ‘‘Missão cumprida”

O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nacala, Rui ChongSaw, diz ter cumprido em 87 porcento o seu plano de actividades e orçamento, referente ao ano 2014, logo no primeiro semestre. Algumas das actividades que, por vários factores, tiveram que transitar para o segundo, foram, igualmente, executadas na sua totalidade.

Numa avaliação preliminar sobre o seu primeiro ano de mandato como presidente do município de Nacala-Porto, o jovem empresário, Rui ChongSaw, diz ter cumprido parte significativa das actividades constantes do plano de actividades e de orçamento, referente ao presente ano.

O edil de Nacala-Porto, declarada “Zona Económica Especial”, destaca, dentre várias realizações, a elaboração de um novo estatuto orgânico do conselho municipal e o código de posturas da cidade, dois principais instrumentos que, no seu entender, irão permitir uma maior flexibilização e regulamentação de todo o sistema de funcionamento daquela instituição. De acordo ainda com a fonte, foram recrutados e formados 60 novos agentes para darem resposta aos desafios de fiscalização e protecção municipal, com o objectivo centrado no combate às várias infracções e à onda de criminalidade na cidade.

Nas componentes de urbanismo, gestão ambiental e abastecimento de água, Rui ChongSaw orgulha-se de ter conseguido “ convencer” a assembleia municipal a provar a proposta de revisão do plano de pormenor dos bairros de Nanary, Mupete e Ontupaia, bem como o projecto de resselagem e ensaibramento das principais vias que dão acesso a alguns bairros suburbanos, cuja transitabilidade era efectuada com inúmeras dificuldades. “Reabrimos e ensaibramos as principais vias dos bairros da Matola, Ribaué, Triangulo, Matapue e Mocone, construímos os sistemas de drenagem e garantimos a recolha permanente do lixo, tornando a cidade cada vez mais limpa e acolhedora”, afirmou o edil de Nacala-Porto.

Seis memorandos de entendimento

Como forma de encontrar resposta aos principais desafios, o Conselho Municipal rubricou ainda este ano seis memorandos de entendimento, sendo um com a Universidade Pedagógica, instituição pública de ensino superior, em extensão em Nacala, para a introdução de cursos técnicos naquela região, bem como a formação dos funcionários do município e os munícipes, em geral.

O segundo memorando foi assinado com a Câmara Municipal de São Vicente, do Brasil, que estabelece uma parceria com a sua congénere de Nacala. O terceiro foi firmado com a MOZREPUTAÇÃO, com a qual se pretende criar mecanismos tendentes à elaboração do plano estratégico integrado do município de Nacala, enquanto o quarto, assinado com a Autoridade Tributária de Moçambique, irá culminar com a instalação de um balcão de atribuição do Número Único de Identificação Tributária (NUIT), no edifício municipal.

Segundo Rui ChongSaw, os últimos dois memorandos de entendimento foram rubricados com o Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA) e com a Agência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Estes acordos visam garantir uma melhor integração dos munícipes daquela cidade nos vários projectos económicos, no apoio ao de preservação ambiental e no combate ao persistente fenómeno de erosão dos solos. Todavia, reconhece haver ainda desafios que se prendem com a necessidade da expansão das redes energética e de abastecimento de água potável nos bairros considerados críticos, bem como a importância da institucionalização de uma verba em apoio às agremiações juvenis, na urbe.

Em entrevista ao @Verdade, o edil de Nacala-Porto disse estar ainda em perspectiva a aquisição de dois autocarros (com fundos locais) para o reforço da frota de automóveis de transporte urbano de passageiros e a criação dos novos modelos de gestão sustentável dos resíduos sólidos. “Queremos descentralizar a gestão dos resíduos sólidos para os bairros, incentivando a participação da população na colecta selectiva e no aproveitamento económico do lixo’’, afirmou o nosso entrevistado.

Constatações dos munícipes de Nacala-Porto

Alguns munícipes ouvidos pelo @Verdade divergem em relação ao plano de actividades aprovado pela Assembleia Municipal em princípios de Fevereiro, conquanto reconheçam o ritmo de desenvolvimento da cidade. Muaija João, residente no bairro de Matapue, lamenta situação de desemprego que afecta a maior parte dos jovens, apesar do vasto leque de unidades industriais que a cidade de Nacala ostenta.

De acordo com a nossa entrevistada, o comércio informal e a agricultura de subsistência constituem algumas das principais fontes de rendimento para grande parte das famílias daquela região. Ibraimo António Máquina, alfaiate de profissão e residente no bairro do Bloco 1, considera que a cidade de Nacala-Porto está a desenvolver-se em quase todas as áreas de actividade, mas mostra-se preocupado com o crescente número de vendedores informais, devido, alegadamente, à falta de postos fixos de trabalho.

Fátima Mário, empregada de um complexo turístico e residente também no bairro do Bloco 1, mostra-se satisfeita com a expansão da rede de abastecimento de energia eléctrica, o que se traduziu na abrangência do sistema de iluminação pública às principais estradas daquela cidade. De acordo com a nossa fonte, para além de contribuir para o desenvolvimento da cidade, a energia “afugenta” os criminosos que nos últimos tempos têm vindo a criar instabilidade social na urbe.

Luís Norberto, jornalista a prestsr serviços em Nacala, enaltece os esforços que são empreendidos pelos titulares municipais na melhoria das vias de acesso aos bairros e no abastecimento de água. Contudo, apela para que as actividades desenvolvidas em 2014 tenham continuidade nos próximos anos. Actualmente com 42 bairros residenciais, a cidade de Nacala contava em 2007 com um universo de 207. 894 habitantes tendo o número subido para cerca de 350 mil nos últimos sete anos.

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